Desmontando a santidade: Interferências sociais e políticas no processo de santificação de Madre Paulina
DOI:
https://doi.org/10.23925/2764-8389.2022v2i1p10-38Palabras clave:
Romanização, Santidade, Gênero e catolicismo, Santa PaulinaResumen
O presente trabalho foi entregue à Escola de Sociologia e Política da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Sociologia e Política. O artigo teve como objetivo central analisar a construção da santidade de Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus a partir do impacto direto e indireto de disputas sociais e políticas em vida que poderiam ter exercido interferência na eficiência de seu processo canônico, encerrado em 2002. A partir da coleta e interpretação de materiais de ordem documental e histórica, procurou-se compreender as atividades e conexões burocrático-políticas de Madre Paulina como componente da Igreja Católica brasileira no contexto da romanização. Concomitantemente, almejou-se identificar de que forma foram articulados os marcadores sociais da diferença no processo canônico com ênfase na agência, utilizando-os para relacionar os modelos de Pierre Bourdieu e Peter Berger a respeito de supostas disputas por “capital sagrado”, tanto no que diz respeito ao plano terreno, onde vivem os homens, quanto ao seu duplo cósmico, onde vivem os santos e deuses. Considerando os fatos religiosos como necessariamente sociais, buscou-se explicar, portanto, que não apenas há interferência sociológica sobre a santidade, mas que esta se dá de forma constante e diversa, também a partir da ação individual do próprio sujeito santificado.
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