Populismo e Antipopulismo na Política Brasileira: Massas, Lógicas Políticas e Significantes em Disputa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/v12n36_dossie2

Palavras-chave:

Populismo, Antipopulismo, Bonapartismo, Adhemar de Barros, Ernesto Laclau

Resumo

O objetivo do artigo é mostrar que o termo “populismo” se refere tanto a um conceito quanto a um significante presente na disputa política, e que essas dimensões se comunicam. Para tanto, analisamos discursos sobre o populismo no Brasil durante o quarto período republicano produzidos dentro e fora da academia. Argumentamos que as teorias que interpretavam o populismo a partir das noções de bonapartismo e massa emergem quando o termo já era utilizado na linguagem corrente – notadamente para se referir a Adhemar de Barros, seja de forma laudatória, seja de forma pejorativa. A desconstrução dessas interpretações nos aproxima da Teoria do Discurso da Escola de Essex, que compreende o populismo como uma lógica política opondo “nós” contra “eles” e que pode se ligar a diversas ideologias. Concluímos então que, no contexto brasileiro, o próprio discurso antipopulista reproduzia a lógica populista – utilizando o termo “populismo” para caracterizar negativamente seus adversários.

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Biografia do Autor

Sebastián Ronderos, University of Essex - doutorando

Doutorando, Univerisy of Essex, Centro de Ideologia e Análise do Discurso (cIDA), Colchester, Grã-Bretanha.

Thomás Zicman de Barros, Sciences Po Paris - doutorando

Douturando, Sciences Po, Centro de Estudos Políticos (CEVIPOF), Paris, França.

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Publicado

2020-03-08