Entre o sensível e o inteligível: uma leitura semiótica do episódio Hino nacional, do Seriado Black Mirror

Autores

Palavras-chave:

Sociossemiótica, Regimes de interação e sentido, Regimes de visibilidade, Black Mirror

Resumo

O presente trabalho propõe uma articulação entre os modelos teóricos de regimes de interação e sentido e de regimes de visibilidade e, de forma complementar, aciona os conceitos de união e contágio – todos eles advindos da sociossemiótica de Eric Landowski – com o intuito de compreender as relações entre o sensível e o inteligível no engendramento da significação do episódio Hino nacional, do seriado britânico Black Mirror. Tal proposta revela-se profícua por demonstrar as passagens e sobreposições de um regime baseado no inteligível (manipulação) para um regime baseado no sensível (ajustamento). A partir da sintaxe do ver, instaura-se um novo regime de interação, pelas várias possibilidades entre o querer-ver/querer-ser-visto. O artigo levanta, ainda, a problemática do ponto de vista acerca do acidente e da programação. É possível observar que a presença do espectador num dado ponto da cadeia sintagmática, ou seja, o poder-ver ou o poder-não-ver, no caso desses dois regimes, pode fazer emergir um ou outro regime de interação e sentido, marcados, respectivamente, pelo sensível e pelo inteligível.

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Biografia do Autor

Conrado Moreira Mendes, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Doutor em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo (2013), tendo realizado estágio doutoral de um ano na Université Paris 8 Vincennes-Saint-Denis, França (2011-2012). Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (2009) e Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela mesma Instituição (2006). É Professor Adjunto I da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), lotado no Departamento de Comunicação Social. É docente do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da PUC Minas, tendo sido aprovado em Processo de Seleção Interna em 2017 (Edital 003/2017). Atualmente é professor dos cursos de Publicidade e Propaganda (Coração Eucarístico e Praça da Liberdade) e Relações Públicas (campus Coração Eucarístico). Foi professor do curso de Publicidade e Propaganda, campus Poços de Caldas, de 2013 a 2017, tendo sido efetivado por meio de Concurso (Processo de Seleção Externa de Docentes - Edital Nº 046/2015), em 2015. É líder do Grupo de Pesquisa em Estudos Comunicacionais (GPEC) certificado pelo CNPq, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. É pesquisador do grupo de pesquisa certificado pelo CNPq Semiótica: modelos teóricos e descritivos (USP), liderado pelos Profs. Drs. Luiz Augusto de Moraes Tatit e Ivã Carlos Lopes. Foi Editor-Convidado da Revista Estudos Semióticos (ISSN 1980-4016), entre 2011 e 2013, publicação semestral em meio eletrônico do Programa de Pós-Graduação em Semiótica e Linguística Geral da Universidade de São Paulo. Atua principalmente nas seguintes áreas: Semiótica Discursiva e Comunicação. É organizador da obra 'Em torno do acontecimento: uma homenagem a Claude Zilberberg' (Appris, 2016), juntamente com Glaucia Muniz Proença Lara. 

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Publicado

2019-03-23

Como Citar

Mendes, C. M. (2019). Entre o sensível e o inteligível: uma leitura semiótica do episódio Hino nacional, do Seriado Black Mirror. Bakhtiniana. Revista De Estudos Do Discurso, 14(2), Port. 128–149 / Eng. 134. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/37406

Edição

Seção

Artigos