Como lidar com a popularização do terraplanismo? Uma proposta a partir da filosofia da ciência de Susan Haack

Autores

  • Thalyta Gonçalves Bertotti Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-8428.2020v17i2p196-207

Palavras-chave:

Filosofia da Ciência. Terraplanismo. Senso Comum Crítico. Ensino de Ciências. Ensino de Filosofia

Resumo

Este artigo tem como objetivo sugerir uma maneira de lidar com a recente popularização do terraplanismo. Os terraplanistas são, dessa forma, caracterizados a partir do documentário Behind the Curve e identificados como Novos Cínicos, conforme o trabalho de Susan Haack. Com base na discussão de problemas associados aos discursos Cínico e Deferencialista a respeito da ciência e também em trechos de Behind the Curve, este ensaio apresenta algumas preocupações em relação à crescente popularização do terraplanismo em contextos educacionais. Diante disso, este ensaio coloca a necessidade de uma explicação do motivo pelo qual o terraplanismo não deve ser ensinado nas aulas de ciências como uma teoria científica à altura de outras teorias regularmente ensinadas. Uma resposta possível é que o terraplanismo manifesta as principais características de uma teoria da conspiração, podendo ser caracterizado como uma crença falsa prejudicial injustificada. Este artigo argumenta, por fim, que um compromisso de professores de ciências e de filosofia com uma defesa da ciência em acordo com o Senso Comum Crítico de Haack é uma forma adequada de lidar com o terraplanismo.

Biografia do Autor

Thalyta Gonçalves Bertotti, Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina.

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Publicado

2020-12-24

Edição

Seção

Artigos