Se é difícil nos valermos de uma expressão que defina o que melhor caracterizaria a imaginação em Hume, ao menos sua natureza plástica parece se mostrar recorrente ao longo do Tratado. O objetivo principal deste artigo é o de flagrar, nesta obra, a correlação estreita existente entre as ficções da imaginação e uma plasticidade imaginativa de natureza extremamente complexa. A análise das ficções enquanto efeitos da natureza plástica da imaginação humeana pode, eventualmente, promover um deslocamento nas definições correntes do conceito de ficção na filosofia de Hume.