From indeterminacy to normativity: Quine, meaning, and teleosemantics

Lucas Ribeiro Vollet

doi:10.23925/2316-5278.2025v26i1:e70312

Autores

Lucas Ribeiro Vollet Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.23925/2316-5278.2025v26i1:e70312

Palavras-chave:

Indeterminação do significado, Normatividade, Quine, Teleosemântica

Resumo

O problema da indeterminação do significado há muito desafia os filósofos, particularmente na interseção entre linguagem, cognição e epistemologia. Embora a teleosemântica ofereça um quadro naturalista promissor ao fundamentar o significado nas funções evolutivas dos sistemas biológicos, ela enfrenta um desafio persistente: como explicar as dimensões normativas do significado — aquelas que tornam as interpretações justificáveis e não apenas adaptativas? Este artigo aborda esse desafio integrando a crítica da analiticidade a epistemologia holista quiniana com as teorias teleosemânticas desenvolvidas por Millikan e Papineau. Argumentaremos que o significado não se estabiliza apenas por meio de estruturas formais, tampouco pelo mero êxito causal, mas sim através de procedimentos epistêmicas historicamente enraizados que refletem uma capacidade reflexiva de autocorreção. Essa reflexividade, sugerimos, possibilita uma forma de autoconsciência conceitual ancorada em nosso arcabouço biológico, e não em pressupostos metafísicos — assegurando, assim, uma continuidade entre a experiência e a justificação normativa. Ao enquadrar a normatividade como uma propriedade emergente de comunidades epistêmicas coordenadas e autoconscientes, o artigo desafia conceituações reducionistas do significado e defende um naturalismo refinado — capaz de preservar a tensão crítica entre o êxito descritivo e os padrões evolutivos de endosso racional.

Biografia do Autor

Lucas Ribeiro Vollet, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor pela Universidade Federal de Santa Catarina

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