https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/issue/feed Cognitio: Revista de Filosofia 2025-01-31T23:20:25-03:00 Renan Henrique Baggio revcognitio@gmail.com Open Journal Systems <p>Editada pelo Centro de Estudos de Pragmatismo do Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a <strong>Cognitio</strong> é uma revista de filosofia com foco em temas relacionados principalmente ao Pragmatismo clássico.</p> <p> </p> https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/70114 Topos de grafos existenciais sobre superfícies de Riemann 2025-01-27T10:54:21-03:00 Angie Hugueth angiehugueth@gmail.com <div>Os Grafos Existenciais de Peirce oferecem uma compreensão geométrica de uma variedade de lógicas (clássica, intuicionista, modal, de primeira ordem). A sua interpretação geométrica é dada por transformações topológicas de curvas fechadas (Jordan) no plano, mas pode ser estendida a outras superfícies (esfera, cilindro, toro etc.). Além disso, é possível desenhar grafos existenciais sobre superfícies de Riemann gerais e, introduzindo ferramentas da geometria algébrica (Feixes, Toposes de Grothendieck, Toposes Elementares), é possível tentar capturar as lógicas nas formas geométricas por meio de um novo Topos de Grafos Existenciais sobre Superfícies de Riemann e por meio do subobjeto classificador do topos. Oferecemos novas perspectivas (conceitos, definições, exemplos, conjecturas) ao longo desse caminho.</div> 2025-02-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/57507 Lógica trivalorada e paraconsistência em Peirce 2022-02-25T15:11:25-03:00 José Renato Salatiel jrsalatiel@hotmail.com <div>Peirce é hoje reconhecido como um dos pioneiros da lógica matemática e algébrica, mas seu trabalho original em lógicas não-clássicas ainda recebe escassa atenção fora do círculo estreito de especialistas peircianos. Esse é o caso do cálculo proposicional trivalorado que Peirce registrou em seu “Logic Notebook”, mais de uma década antes do surgimento das lógicas multivaloradas. A lógica triádica, como Peirce a chamava, foi formalizada por Turquette no final dos anos 1960. Turquette apresentou uma interpretação axiomática das tabelas trivaloradas em uma série de artigos que se tornaram referência nesse estudo. Recentemente, propusemos uma nova abordagem, enfatizando um fragmento não-explosivo da lógica triádica. Este artigo objetiva ampliar a pesquisa nos seguintes pontos: (i) uma análise crítica dos trabalhos de Turquette, incluindo a discussão do método Rosser-Turquette de axiomatização; e (ii) reconstrução do fragmento da lógica triádica em um sistema baseado na implicação material de Sobociński, formalizado em cálculo de sequentes. Concluímos que a matriz trivalorada de Peirce induz uma lógica paraconsistente, relevante e subestrutural, com potencial investigativo para as pesquisas contemporâneas em lógicas não-clássicas.</div> 2025-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/70034 Modelos científicos 2025-01-23T09:32:49-03:00 Julio Horta julio_horta@hotmail.com <div>Neste artigo vamos trabalhar as condições transcendentais que nos permitem caracterizar um modelo científico como um “diagrama”. Será retomada a noção de diagrama proposta por Ch. S. Peirce (2012) e retomadas as abordagens transcendentais da semiótica perceana para sustentar a função diagramática dos modelos na ciência. Para apoiar esta posição, alguns argumentos da semiótica pragmática e da semiótica transcendental também serão retomados. O objetivo deste artigo é dar conta do problema filosófico do esquematismo transcendental em I. Kant (2007) e da noção de esquema como fundamento do conhecimento.</div> 2025-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/70165 Apresentação 2025-01-30T17:03:11-03:00 Cassiano Terra Rodrigues cassiano.terra@gmail.com Jorge Alejandro Flórez jorgealejandro.forez@ucaldas.edu.co <p style="font-weight: 400;">Este número da revista <em>Cognitio</em> tem como tema a lógica de Charles S. Peirce. Em seu sentido mais amplo, a lógica é entendida por Peirce como semiótica, “a doutrina da natureza essencial e das variedades fundamentais da semiose possível; e penso que a área é muito vasta, o trabalho muito grande, para um pioneiro” (EP II, 413). Mesmo em seu sentido mais restrito, tomado como um estudo da validade das inferências dedutivas e seus componentes, a lógica é ainda muito vasta. A meio caminho entre esses dois limites (generalidade e a particularidade), encontra-se uma imensa variedade de temas contínuos sobre lógica. Os artigos reunidos nesta edição são mesmo amostras dessa variedade e esta é a razão pela qual o leitor pode encontrar aqui artigos que, por exemplo, não só tratam da distinção entre signos coletivos e gerais, mas também de lógica tri-valorada ou lógica modal.</p> 2025-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/60449 Peirce e a lógica modal 2023-08-08T08:17:39-03:00 Jon Alan Schmidt JonAlanSchmidt@gmail.com <div>Embora a lógica modal moderna tenha surgido em grande parte após a morte de Peirce, ele antecipou alguns de seus principais aspectos, incluindo implicação estrita e semântica de mundos possíveis. Ele desenvolveu a parte Gamma dos Gráficos Existenciais com cortes quebrados significando possível falsidade, mas depois identificou a necessidade de uma parte Delta sem nunca soletrar exatamente o que tinha em mente. Uma entrada em seu Caderno de Lógica pessoal é um candidato plausível, com linhas grossas representando possíveis estados de coisas onde proposições denotadas por letras anexadas seriam verdadeiras, em vez de sujeitos individuais aos quais predicados denotados por nomes anexados são atribuídos como na parte Beta. Novas regras de transformação implementam vários sistemas formais comumente empregados de lógica modal, que são prontamente interpretados definindo um mundo possível como aquele em que todas as leis relevantes para o mundo real são fatos, cada mundo sendo parcialmente, mas precisamente e adequadamente descrito por um conjunto de modelos de proposições fechado e consistente. De acordo com o pragmaticismo, as leis relevantes para o mundo real são representadas como implicações estritas com possibilidades reais como seus antecedentes e necessidades condicionais como seus consequentes, correspondendo a implicações materiais em todos os mundos possíveis.</div> 2025-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/70048 Signos coletivos e generalidade na tricotomia do objeto dinâmico na semiótica de Charles S. Peirce 2025-01-24T08:49:54-03:00 Priscila Borges primborges@gmail.com Juliana Rocha Franco julianarochafranco@gmail.com <div>Para Peirce, a generalidade tem um caráter distributivo, isto é, o caráter de uma lei que pode ser aplicada a qualquer coisa que possa existir numa classe, sem afirmar se há alguma coisa ou qual é essa coisa, mas fornecendo uma descrição de como os individuais dessa classe devem ser selecionados (EP 2:284, 1903). Rodrigues (2017) afirma que Peirce não considera que a generalidade expressa nos quantificadores universais tenha o caráter coletivo, no sentido de significar um determinado grupo singular, uma coleção dada. Em 1905, Peirce (EP 2:352-353) afirma que “um termo coletivo é singular, pois ele denota um grupo dado e um uma coleção dada”. Em 1908, no entanto, Peirce utiliza o termo ‘coletivo’ para descrever a classe dos signos que possuem objeto dinâmico de terceiridade, que é a categoria da generalidade. Entretanto, ele também emprega o termo “distributivo” para descrever a classe dos signos que possuem objeto imediato de terceiridade. Notamos, assim, que, ao propor suas dez tricotomias, Peirce emprega tanto o termo “coletivo” quanto o termo “distributivo” para descrever o modo de ser da terceiridade, ou seja, da generalidade. Logo, embora Peirce tenha negado que a generalidade tenha o caráter coletivo no caso dos quantificadores lógicos, ele considerou usar o termo “coletivo” vinculado à generalidade dos objetos dinâmicos. É necessário, portanto, discutir o sentido do termo “coletivo” aplicado à terceiridade na tricotomia do objeto dinâmico. Esse é justamente o objetivo deste artigo que começa apresentando o problema do uso dessa terminologia na semiótica e as noções de coletivo e distributivo na semântica e na filosofia. Em seguida, mostra como os termos aparecem nos textos em que Peirce concebe as dez tricotomias e foca no uso do termo “coletivo” a partir de duas cartas, uma para William James, de 1909, e outra para o lógico inglês P. E. B. Jourdain, de 1908. A partir delas, apresentamos a relação entre o termo “coletivo” e a noção de continuidade que culmina na distinção das coleções finitas e enumeráveis e coleções infinitas e inumeráveis, sugerindo que a noção de coletivo no objeto dinâmico tem o sentido de uma coleção infinita e inumerável, associando a noção de objeto dinâmico à noção de contínuo.</div> 2025-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/61444 Peirce e a lógica do mentiroso 2023-03-30T19:13:32-03:00 Ivan Ferreira da Cunha clockwork.ivan@gmail.com Ederson Safra Melo ederson.safra@ufma.br Jonas Rafael Becker Arenhart jonas.becker2@gmail.com <p>Este artigo discute dois tratamentos dados por Charles Sanders Peirce ao paradoxo do Mentiroso, estabelecendo conexões com o debate atual acerca do tema. Nas Harvard Lectures de 1865, Peirce considera que a proposição do mentiroso é tanto verdadeira quanto falsa, o que, de acordo com sua visão sobre a lógica, torna a proposição sem sentido. Esse tratamento antecipa parcialmente a posição dialeteísta contemporânea, que considera que o Mentiroso é uma evidência de que algumas proposições são verdadeiras e falsas. Em textos posteriores, Peirce revisa seu tratamento do problema, considerando que a contradição do Mentiroso é falsa, alinhando-se à tradição da lógica de sua época. A discussão deste artigo evidencia que concepções lógicas específicas pressupostas na investigação de Peirce são as responsáveis pelas interpretações que ele fornece para a contradição envolvida no paradoxo. A partir dessa discussão, este artigo argumenta que o tratamento dado ao Mentiroso depende das concepções lógicas de fundo. Assim, as limitações encontradas por Peirce em suas abordagens ao problema são introduzidas pela lógica tradicional, que, diferentemente de algumas lógicas contemporâneas, não oferece aparato compatível com contradições verdadeiras.</p> 2025-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/