Cognitio: Revista de Filosofia https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia <p>Editada pelo Centro de Estudos de Pragmatismo do Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a <strong>Cognitio</strong> é uma revista de filosofia com foco em temas relacionados principalmente ao Pragmatismo clássico.</p> <p> </p> pt-BR revcognitio@gmail.com (Renan Henrique Baggio) revcognitio@gmail.com (Renan Henrique Baggio) seg, 15 abr 2024 00:00:00 -0300 OJS 3.2.1.3 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 O espaço e os signos https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/64207 Arthur Araújo Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/64207 sex, 19 abr 2024 00:00:00 -0300 Um caminho bem-trilhado https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/58254 Giovanni Rolla Copyright (c) 2022 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/58254 seg, 22 abr 2024 00:00:00 -0300 Perceptos e conceitos https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/63763 <p>Este trabalho é uma tradução do capítulo 4 intitulado "Perceptos e conceitos: o valor dos conceitos" presente na obra <em>Some problems of philosophy</em> de William James, publicado em 1911. Neste capítulo, James elabora, considerando propostas pragmatistas e no contexto de sua doutrina chamada empirismo radical, a relação do mundo conceitual com os estímulos perceptuais. James analisa o que o sensível e conceitual representam para as perspectivas racionalistas e empiristas, e revisa o impacto de tais noções na filosofia e ciências no geral. Sua proposta é a de considerar a relação entre os perceptos (o sensível) e os conceitos evitando a valoração de um sobre o outro. De maneira pragmática James reforça que a finalidade do conceitual é a de nos conduzir de forma adequada pelo mundo. Portanto, as ideias e as coisas estão sempre entrelaçadas, e sua função é inegavelmente prática. </p> Aisllan Calado Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/63763 sex, 17 mai 2024 00:00:00 -0300 Revisitando o pragmatismo político e a educação https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/64973 <div><span lang="IT">Ao colocar John Dewey entre John Rawls e Richard Bernstein, defendo uma leitura socialista das posições de Dewey sobre a democracia liberal que se afasta tanto das leituras conservadoras de Dewey como daqueles que afirmam que o seu liberalismo democrático na verdade pertence a uma visão de direita ou de centro, e de comunitaristas de esquerda que rejeitam tais pontos de vista como irrelevantes para as variantes socialistas e radicais da democracia liberal. De uma maneira geral, pode-se demonstrar que as diferentes opiniões de Rawls e Dewey sobre o liberalismo político poderiam ser, em última análise, reconciliadas, dadas as suas posições semelhantes sobre a democracia, o pluralismo e a pessoa humana. Pode-se ainda demonstrar que a própria reabilitação de Kant por Rawls está intimamente relacionada à sua leitura de Dewey. Além disso, como argumenta Bernstein, tal renovação da filosofia social e política de Dewey no construtivismo político e no equilíbrio reflexivo de Rawls foi decisiva para a grande guinada pragmatista observada na segunda, terceira e quarta gerações da teoria crítica, não apenas na chamada Escola de Frankfurt (especialmente Habermas, Honneth, Forst), mas também em pensadoras feministas e decoloniais como Nancy Fraser, Seyla Benhabib, Judith Butler, Rahel Jaeggi e Amy Allen. A reviravolta pragmática de Dewey na filosofia política permite, assim, uma correlação dinâmica e robusta entre a democracia radical e a educação pública, que poderia ser implementada em democracias emergentes como o Brasil.</span></div> Nythamar Oliveira Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/64973 sex, 26 abr 2024 00:00:00 -0300 Filosofia como caminho para a transformação https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65419 <div>No período antigo – grego e helenístico em particular – a filosofia era concebida não como uma atividade intelectual pura voltada para a busca da verdade, mas como um exercício prático de pensamento que deveria servir à vida e ter como objetivo a autotransformação. O objetivo era aprender a conduzir uma vida filosófica e a cuidar de si: principalmente de suas falas e ações. Não era tão importante poder expor uma doutrina verdadeira, mas sim colocar em prática os ensinamentos que eram dados. Esta perspectiva caduca já no período medieval, mas podemos perguntar-nos se a atitude pragmatista não reanima alguns dos seus aspectos: por exemplo, a enxertia da prática na teoria, a concepção de ideias como planos de ação, a referência a efeitos de verdade, e similar. Neste artigo pretendo testar esta hipótese, especialmente com referência ao estudo que Peirce realizou sobre o processo de “autocontrole” (os antigos diriam “autogoverno”, autarkeia) como base da ética, entendida como uma ciência normativa e o fundamento da lógica.</div> Rossella Fabbrichesi Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65419 ter, 07 mai 2024 00:00:00 -0300 A teoria topológica da significação de René Thom e semiótica https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65590 <p style="font-weight: 400;">Este artigo representa uma segunda etapa da minha pesquisa sobre o trabalho do matemático francês René Thom. Foco principalmente em dois artigos da teoria dos signos de Thom: Do ícone ao símbolo (De l’icône au symbole), 1973 e O Espaço e os signos (L’espace et les signes), 1980b. Neste artigo, explorando a concepção topológica de significação de Thom, exponho sua ideia de que todas as formas de semiose (como processos de significado) desenvolvem uma forma espacial. É a partir do seu trabalho na reconstrução de formas globais na topologia que Thom define seu programa semiótico. Em particular, como mostrarei, Thom converte a classificação triádica de signos de Charles S. Peirce (ícones, índices e símbolos) em uma interpretação espaço-vetorial. Avançando meu estudo sobre a obra de René Thom (Araujo, 2022), exploro sua teoria topológica da significação segundo a qual a semiose pode ser entendida como um espaço topológico. Paralelamente ao seu trabalho sobre morfodinâmica em biologia, Thom redefine a dinâmica do signo, do objeto e do interpretante (segundo suas interconexões mútuas) que configuram topologicamente o próprio espaço da semiose.</p> Arthur Araujo Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65590 qua, 05 jun 2024 00:00:00 -0300 A pedra angular do arco https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/64371 <p>A <em>Naturphilosophie</em> e a <em>Freiheitsschrift</em> de Schelling como proveniência do princípio fundamental do sinequismo de Peirce.</p> David Dilworth Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/64371 seg, 15 abr 2024 00:00:00 -0300 A leitura neopragmatista de Rorty sobre Foucault https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/64392 <p style="font-weight: 400;">O objetivo deste artigo foi investigar a leitura neopragmatista de Richard Rorty (1931-2007) sobre a concepção de subjetividade em Michel Foucault (1926-1984). Rorty ficou conhecido como um celebre filósofo que se opôs à concepção moderna de sujeito, sobretudo, o excesso de antropocentrismo e cientificismo. Quanto ao filósofo francês Michel Foucault, pode-se constatar no terceiro domínio de sua produção teórica, a presença de uma investigação vigorosa sobre a constituição do sujeito. Inicialmente, percebe-se desde seus primeiros escritos, o papel que exerce o poder e a verdade enquanto mecanismos criadores de subjetividade, impondo aos sujeitos modos de ser e de relacionar-se consigo e com os outros. Todavia, a análise sobre a questão da constituição do sujeito se configura de forma mais delimitada nos cursos <em>Subjetividade e Verdade </em>(1981) e <em>A Hermenêutica do Sujeito (</em>1982). Foucault desenvolve uma investigação sobre a subjetividade a partir das noções de ética, filosofia, espiritualidade, sexualidade, arte de viver e cuidado de si, buscando compreender como o sujeito torna-se assujeitado pelo poder e saber, sugerindo novos modos de subjetividade, diferentes daqueles propostos pelo poder. Entretanto, contrariamente ao que propôs Foucault, o filósofo norte-americano neopragmatista Richard Rorty, conhecido por propor uma filosofia edificante, afirma na obra <em>Contingência, ironia e solidariedade</em> (2007) que as ideias do filósofo francês, embora tentem se desvencilhar da concepção moderna de subjetividade, ainda se mantêm atreladas a ela. Assim, pretende-se explorar os argumentos rortyanos que justificam às objeções a Foucault, e com base na análise de textos específicos de ambos os autores, se busca identificar os argumentos usados por Rorty para acusar Foucault de permanecer no quadro teórico da modernidade.</p> Edna Magalhães do Nascimento, Maria Jordana de Brito Gomes Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/64392 sex, 24 mai 2024 00:00:00 -0300 Giannotti, Marx e o projeto filosófico uspiano para o país https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65972 José Crisóstomo de Souza Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65972 qui, 02 mai 2024 00:00:00 -0300 Uma introdução ao pragmatismo na filosofia de Charlotte Perkins Gilman https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/66439 <p style="font-weight: 400;">O resgate da memória e dos trabalhos das filósofas pragmatistas que foi iniciado na década de 1990 por Charlene Haddock Seigfried culminou na revisão do cânone histórico do pragmatismo, ao qual foi adicionado uma série de novos nomes, entre eles, o de Charlotte Perkins Gilman (1860-1935). Embora mais conhecida no âmbito literário, Gilman foi considerada uma filósofa pragmatista em recentes interpretações devido tanto a sua proximidade contextual com os pragmatistas da idade de ouro, quanto a proximidade de seu método reflexivo e de questões abordadas. O presente trabalho visa introduzir aos leitores de língua portuguesa essa relação a partir de fatos biográficos e de suas obras de não ficção.</p> Laura Elizia Haubert Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/66439 sex, 14 jun 2024 00:00:00 -0300 O summum bonum digital https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65222 <p>O objetivo desse trabalho é relacionar os três princípios, ou prazeres, estéticos de um videogame, isto é, imersão, agência, transformação, com o <em>summum bonum </em>e as categorias fenomenológicas de Charles S. Peirce. O <em>summum bonum </em>pode ser entendido como uma mistura entre sentimento, ação e razão. Os sentimentos, ações e pensamentos do jogador são responsáveis pela concretização e ampliação desse horizonte estético. A imersão é um princípio estético de primeiridade. Podemos entender o ato de imergir como um prazer de primeiridade – pois o jogador, metaforicamente e literalmente, vai para outro lugar, estando sem relação com o que está fora da imersão. O princípio estético da agência é regido pela secundidade. Obtém-se prazer em forçar-se contra o mundo do jogo, controlando-o mecanicamente, agindo e reagindo. Todos os jogos possuem secundidade, mas os jogos de competição, lutas, corridas, e mesmo alguns RPGs online, possuem características marcantes de força mecânica, embate, ação e reação. O terceiro e último princípio estético é a transformação. A transformação é um processo. Jogos que permitem diferentes abordagens costumam ser jogos em que há um processo de crescimento, tanto na questão do gameplay quanto da própria narrativa do jogo. O mundo do jogo e o personagem vão se transformando em algo diferente no decorrer do tempo – há uma evolução, e essa evolução é caracterizada como um fenômeno de terceiridade. Concluiu-se que, embora todos os videogames tenham esses três princípios estéticos, cada jogo individual privilegia um ou dois desses princípios. É justamente esses princípios estéticos que direcionarão a escolha do que vai ser jogado, muito mais do que a temática ou o gênero desse jogo.</p> Levy Henrique Bittencourt Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65222 qui, 25 abr 2024 00:00:00 -0300 Estrutura, sentido-ingrediente e estratégia assertórica https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/66007 <div>Neste artigo, revisitaremos uma motivação para considerar as vantagens de uma teoria sobre conteúdos estruturados sobre uma semântica de mundos possíveis. Argumentaremos que uma estrutura representa a organização estratégica do conteúdo de “p” sob condições nas quais afirmá-lo não implica consequências contraditórias. Estas são as condições vencedoras para a asserção de ‘p’. Quando ‘p’ é modalmente sensível – pode alterar os seus parâmetros de sucesso – o conhecimento da estrutura representará o ponto racional para asserções (sobre realidades não actualizadas) que são organizadas para maximizar o que pode ser deduzido de ‘p’. Nestes casos, a estrutura relevante conhecida é intensional. Argumentaremos que a Semântica do Mundo Possível actualista, que procura a conversão do conhecimento intensional numa representação<em> de re</em> de estados possíveis, paga o preço de ficar cega às divergências estruturais; e só consegue explicar muito mal estas divergências estruturais entre estados de informação não reais e correlacioná-las com a divergência entre estratégias vencedoras de afirmação. Nosso argumento começará expondo o legado de Frege; recorrer ao conceito de sentido-ingrediente de Dummett como alternativa ao conhecimento de segundo grau (grade-two) de Kripke; e passar brevemente por uma estratégia semântica de Stalnaker e Thomason para representar asserções modais. Além destes autores exploraremos a contribuição de Russell, Kaplan e Ecthemendy para o nosso argumento.</div> Lucas Ribeiro Vollet Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/66007 qui, 13 jun 2024 00:00:00 -0300 Utopia e retrotopia https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65521 <p>Zygmunt Bauman e Richard Rorty, dois luminares contemporâneos do pensamento político, cada um a seu modo, descrevem a sociedade, fazem diagnósticos e apontam caminhos. Ambos estão preocupados com aspectos relevantes da vida social, como a sensibilidade moral, a inclusão, a solidariedade, a democracia e a justiça. Seus caminhos se distanciam e se cruzam ao longo de suas carreiras. Utilizam taxonomias diferentes, como contingência e liquidez, para descrever, muitas vezes, fenômenos semelhantes e construir argumentos completares. Este texto não pretende esmiuçar o pensamento do sociólogo polonês nem do filósofo estadunidense, esgotando os conceitos fundamentais de cada um, mas tão somente fazer um recorte de aspectos relevantes no diálogo que entre eles se estabelece. Por último, as retóricas de Bauman e Rorty são encaradas como ferramentas disponíveis – e sobremaneira eficientes – na observação das sociedades atuais e no vislumbre daquelas que podemos construir para o futuro.</p> Wilker Marques Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65521 qui, 16 mai 2024 00:00:00 -0300 Interpretação diagramática e regra-matriz de incidência tributária https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65936 <p style="margin: 0cm; text-align: justify;">Trata-se de texto dedicado à aplicação da interpretação diagramática de eventos da realidade tangível no <em>modus </em>apregoado por Charles Sanders Peirce no reino do direito tributário, utilizando-se como ferramental epistemológico para tal desiderato a fórmula de lógica simbólica criada por Paulo de Barros Carvalho chamada “regra-matriz de incidência tributária.</p> Raphael RicardoDe Faro Passos, Clarice von Oerzten de Araujo Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65936 sex, 07 jun 2024 00:00:00 -0300 Resenha https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65465 Livio Mattarollo Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65465 ter, 21 mai 2024 00:00:00 -0300 Considerações preludiais sobre o advento da física contemporânea https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65862 <p style="font-weight: 400;">O presente ensaio resulta de uma indagação introdutória e parcimoniosa acerca da transformação da mundividência científica e epistemológica no século XX. Em primeira instância, são analisados os conceitos fundacionais da Relatividade Restrita e da Relatividade Geral, visando elencar as principais dissonâncias entre a proposta científica de Albert Einstein e a cosmovisão estabelecida pela física clássica. De seguida, é invocada a célebre experiência de Edwin Hubble, responsável pela origem da Teoria do Big-Bang. Como não poderia deixar de ser, esta é também alvo de uma examinação cuidadosa. Por fim, a reflexão estende-se ao domínio indeterminista da mecânica quântica, com o propósito de perscrutar os seus princípios fundamentais. Por forma a assegurar o cumprimento deste desígnio, o trabalho não se furta à exigência de aflorar certos traços elementares das doutrinas de Niels Bohr e Werner Heisenberg. Em suma, o breve estudo que aqui se presentifica procura, sobretudo, trazer à coação os elementos teóricos que ancoram o entendimento da física e da cosmologia nos nossos dias, problematizando, quando necessário, algumas das suas inferências.</p> Pedro Menezes Alves Laureano Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65862 ter, 04 jun 2024 00:00:00 -0300 Argumentos soríticos e existência difusa https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/66819 <p style="font-weight: 400;">Proponho uma nova caracterização, simples, &nbsp;dos argumentos soríticos. Essa caracterização utiliza uma família de predicados auxiliares com os quais caracterizo um quantificador de existência difusa mais fraco do que o quantificador existencial clássico.</p> Frank Thomas Sautter Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/66819 qua, 26 jun 2024 00:00:00 -0300 A anomalia persiste https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65267 <div>O monismo anômalo de Donald Davidson foi criticado repetidas vezes desde sua defesa inaugural no artigo Mental Events, publicado em 1970. Apesar da ampla rejeição, não parece haver acordo sobre por que o monismo anômalo falha. Este artigo sistematiza duas objeções fortes ao monismo anômalo. Primeiramente, o argumento de Davidson a favor do monismo exige a suposição problemática de que a física possa fornecer leis causais estritas para relações causais em geral. Em segundo lugar, o monismo de Davidson exige uma ontologia de eventos para a qual nenhum critério de identidade satisfatório foi fornecido. Apesar desses problemas, o artigo defende que as teses sobre a anomalia e irredutibilidade do mental permanecem aceitáveis, apesar da dificuldade de se reconstruir com precisão os argumentos que Davidson usa para defendê-las.</div> Marcelo Fischborn Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/65267 qui, 09 mai 2024 00:00:00 -0300 L’imagination e figuração (depiction) https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/66222 <p>A publicação simultânea do livro de Paul Ricœur, <em>Lectures on imagination </em>(2024) e <em>L’imagination </em>(2024), sua tradução para o francês, é um evento relevante para a investigação filosófica do tema da imaginação. O objetivo deste artigo é apresentar os interesses de Ricœur pelo tema da imaginação em <em>L’imagination</em>; analisar pontos centrais do livro e entender a trajetória do texto de Ricœur usando também como referência a introdução da edição americana e do artigo da edição francesa; mostrar a relevância de <em>L’imagination </em>para a concepção de imaginação que Ricœur propôs nos anos 1970.</p> Vinicius Oliveira Sanfelice Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/66222 ter, 11 jun 2024 00:00:00 -0300