Como entendemos o Final da Vida. A “morte” e o “morrer” à luz da revelação bíblica e da teologia

Autores

  • Pe. Leonardo Agostini Fernandes PUC-Rio

DOI:

https://doi.org/10.19176/rct.v22i83.19234

Palavras-chave:

Eutanásia, Distanásia, Ortotanásia, Revelação Bíblica, Visão teológica

Resumo

A Igreja Católica, por sua presença bimilenar no mundo e em conformidade com a sua identidade e a sua missão, continua testemunhando que o conhecimento da verdade liberta o ser humano de tudo o que viola e violenta o seu fundamental direito à vida em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte. Sempre atenta aos sinais dos tempos, busca salvaguardar e transmitir os ensinamentos e os valores evangélicos que recebeu de seu fundador, Jesus Cristo. Por isso, não pode deixar de anunciar no mundo o evangelho da vida, pelo qual o mistério da existência humana recebe luz, orientação e é conduzido à salvação integral. O presente artigo, articulado em cinco partes, aborda a visão bíblico-teológica sobre o final da vida, para apresentar as razões pelas quais a Igreja Católica refuta a eutanásia e a distanásia como ações que não condizem com a dignidade da pessoa humana, aceitando que ela, diante da doença e da morte iminente, tem o direito de receber dos órgãos públicos o devido respeito, a assistência sanitária e a medicação que promova, terminadas todas as possibilidades de obtenção da cura, o alívio da sua dor e do seu sofrimento através da prática ortotanásica. A família e a comunidade de fé, por sua vez, que são os vínculos mais próximos de uma pessoa que está para enfrentar a última ação fundamental da sua vida, devem ser presentes, acompanhando-a com a solidariedade e a caridade que fortalecem a esperança na vida eterna.

Biografia do Autor

Pe. Leonardo Agostini Fernandes, PUC-Rio

Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Diretor e docente do Departamento de Teologia da PUC-Rio.

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Publicado

2014-08-08

Edição

Seção

Artigos