A Sacralização da língua em Giorgio Agamben

ou sobre, como a vida se tornou sagrada no Ocidente

Autores

  • Giovanni Felipe Catenaci Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)

DOI:

https://doi.org/10.23925/rct.i102.58796

Palavras-chave:

infância, linguagem, experiência, biopolítica, Agamben

Resumo

Este artigo tem por objetivo situar o conceito de infância que fundamenta a teoria da linguagem em Giorgio Agamben, não obstante identificar seus processos de sacralização. Para isso se dividirá em duas grandes partes principais. Respectivamente, em um primeiro momento, iremos em busca de situar o conceito de infância, trazendo a baila de nosso debate as noções de experiência e Voz. A saber, é com elas, que o autor situa sua teoria crítica acerca da biopolítica. Na sequência, passaremos então à dinâmica de sacralização da linguagem – realizada através do juramento -, e a conseguinte sacralização da vida. Ao fim, esperamos conseguir sustentar a impossibilidade de nos evadirmos por completo das ingerências religiosas sobre cultura humana, uma vez elas operariam em níveis bastante profundos, tal como é o caso da ontologia.

Biografia do Autor

Giovanni Felipe Catenaci, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)

Doutorado no Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião na Universidade Metodista de São Paulo. Professor na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) Contato: giovannicatenaci@hotmail.com

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Publicado

2022-10-01