Penalidade, escrúpulo e o impasse entre condenação e justificação

o símbolo da culpa em A Simbólica do Mal (1960)

Autores

  • Weiny Freitas Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Pedro Henrique Cristaldo Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.23925/rct.i104.61181

Palavras-chave:

Ricœur, Hermenêutica, Símbolos, Mal, Culpa

Resumo

Paul Ricœur, em seu livro A Simbólica do Mal de 1960, segundo volume de Finitude e Culpabilidade, inserida em A Filosofia da Vontade II, desenvolve uma descrição dos símbolos do mal mediante o método hermenêutico, extraindo a função simbólica do mito, e a reflexão fenomenológica, extraindo a experiência da crença por meio da imaginação à consciência religiosa. Sua investigação consiste em um exame histórico e exegético dos documentos da cultura helênica e da tradição judaico-cristã. Nossa comunicação, a partir dessa obra, se concentrará no capítulo intitulado A Culpabilidade, no qual o autor francês explora a diferença entre o realismo do pecado e o fenomenismo da culpabilidade nos símbolos das narrativas míticas e religiosas gregas e cristãs. O filósofo francês se concentra no simbolismo mítico, pois o mito é uma narrativa tradicional de eventos que constituem a ação ritual religiosa e instruem o pensamento na compreensão de si mesmo e do mundo. No mito, por meio da função simbólica, existe uma potencialidade de descoberta da relação entre o indivíduo e a divindade. Nosso objetivo com a presente comunicação é resumir de forma descritiva a argumentação investigativa que Ricœur elabora em A Simbólica do Mal sobre a culpabilidade, e então, apontar o valor do símbolo mítico para a constituição do imaginário humano manifesto na cultura.

Biografia do Autor

Weiny Freitas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas. Professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Contato: weiny.freitas@ufms.br

Pedro Henrique Cristaldo Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Graduando em Filosofia pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Contato: pedro.h.c.silva@ufms.br

Referências

RICŒUR, Paul. A Simbólica do Mal. Tradução: Hugo Barros e Gonçalo Marcelo. Portugal, Lisboa: Edições 70, 2013. (Biblioteca de filosofia contemporânea; 45)

RICŒUR, Paul. Autobiografia Intelectual. Tradução: Patricia Willson. Argentina, Buenos Aires: Nueva Visión, 2007.

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Publicado

2023-04-28