O nāḥāš no Jardim do Éden (Gn 2,4b–3,24): malévolo ou benévolo?
DOI:
https://doi.org/10.23925/rct.i89.34441Palavras-chave:
Nāḥāš, Narrativa do Éden, Queda, Antiga Literatura do Próximo Oriente, Gênese 3, 1–6, 13Resumo
Tradicionalmente, a serpente (hebraico nāḥāš) tem sido interpretada como um símbolo negativo, em algumas fontes como o veículo usado pelo tentador para causar a queda da humanidade. Essa visão negativa da serpente tem sido questionada recentemente de novo. Dois pontos principais são levantados com relação à narrativa de Gênesis 2–3. Primeiro, na literatura e no material iconográfico do Antigo Oriente Próximo, serpentes funcionam como símbolos positivos, de vida e de sabedoria. Segundo, argumenta-se que a narrativa de Gênesis 2–3 não oferece indicações de que a serpente deva ser interpretada de modo negativo. O presente artigo argumenta contra essa postura recente e mostra que, tanto da perspectiva do material do Antigo Oriente Próximo e da narrativa própria, a serpente é melhor interpretada como um símbolo negativo.Downloads
Publicado
2017-09-12
Edição
Seção
Artigos