AUTONARRATIVAS COMO AUTO-CONHECIMENTO: UMA EXPERIÊNCIA DIDÁTICA NA PERSPECTIVA DA COMPLEXIDADE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2020v18i1p453-472

Palavras-chave:

Autonarrativas, Cognição, Complexidade, Ontoepistemogênese.

Resumo

Este artigo discute a narrativa como ação/configuração do pensar e do sentir e as potencialidades que porta no sentido epistêmico e ontogênico. Com isso, pretende-se problematizar o conceito de cognição como representação de uma realidade objetiva divorciada da experiência individual, nos moldes propostos por Bateson (1990), Espinosa (1983) e Morin (2010). Na complexidade, considera-se o processo de aprendizagem de forma indissociável da ontogênese de cada ser humano, entendendo o aprender como subjetivação. Do ponto de vista metodológico, procedeu-se a investigação a partir da experiência em sala de aula, com nove alunos da disciplina Epistemologia da Complexidade, de um Programa de Pós-Graduação em Letras, cujas autonarrativas foram tratadas por meio do método cartográfico, que proporcionou a evidência de que o falar, emocionar e conhecer são tecidos juntos. Assim, a partir da meditação e do uso de koans, haicais e mandalas, as autonarrativas geradas evidenciaram a indissociabilidade da ontogênese e da constituição de si, em um contraponto ao paradigma linear e dicotômico da educação tradicional.

 

Biografia do Autor

Nize Pellanda, Universidade de Santa Cruz do Sul

Nize Maria Campos pellanda- doutorado em educação com sanduíche na M.U.- USA- Pos doutorado na UMINHO e dois estágios sênior na UMINHO
nizepe@gmail.com
Docente e pesquisadora da UNISC
Bolsista produtividade - DT- CNPq

Fabiana Piccinin, UNISC - Universidade de Santa Cruz do Sul

Fabiana PiccininCoordenadora de Pós-Graduação Stricto SensuPrograma de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em LetrasDepto. Comunicação SocialEditora Revista Rizoma Universidade de Santa Cruz do Sul - UniscUS International Exchange AlumniResearcherID: X-2992-2018

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Publicado

2020-03-31

Edição

Seção

Artigos