BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS CLASSES MULTISSERIADAS NA AMAZÔNIA

Autores/as

  • Antônio Chizzotti Pontifícia Universidade Católica - SP
  • Rosa Eulalia Vital da Silva Pontifícia Universidade Católica - SP

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2018v16i4p1408-1436

Palabras clave:

Políticas públicas, Base nacional comum, Currículo, Classes multisseriadas, Amazônia.

Resumen

Este artigo discute a relação entre a base comum curricular e as classes multisseriadas na Amazônia. A proposta de uma base comum se insere em uma proposta para promover a equidade educacional, nesse percurso se indaga como se efetivará esta proposta em um país tão heterogêneo quanto o nosso. Suas diversidades geográficas, históricas, étnicas, culturais, e acrescentamos as peculiaridades da região amazônica, lócus onde se desenvolve a educação ribeirinha em classes multisseriadas. A metodologia é a bibliográfica a partir das concepções de Alves (2014), Price (2014), Carnoy (2017), Hage e Barros (2010), Sacristán (2013, 2017), Parente (2014), Ponce e Rosa (2014), Arruda e Oliveira (2014). Inicialmente é feita uma discussão sobre a base comum; na sequência, o ensinar e aprender nas classes multisseriadas da Amazônia; e, por fim se discute a necessidade de uma base comum para a educação ribeirinha.

Biografía del autor/a

Antônio Chizzotti, Pontifícia Universidade Católica - SP

Possui graduação em Educação pela Faculdade N S Medianeira (1972), graduação em filosofia do curso do Seminario Central do Ipiranga validado pela complementação filosofica, cf Decreto Lei 1051 de 21 de outubro de 1969; bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal e Uberlândia; mestrado em Filosofia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1975) e doutorado em Educação: pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1980). Pós-doutorado no Institut National de Recherche Pédagogigue de Paris. Professor do Programa de Pós-graduação em educação da PUCSP; Professor titular aposentado da Universidade Federal de Uberlândia. Atualmente é professor associado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: epistemologia da educação, políticas públicas de educação e currículo, e pesquisas em ciências humanas.

Rosa Eulalia Vital da Silva, Pontifícia Universidade Católica - SP

Doutoranda em Educação: Currículo, na PUC-SP. Possui mestrado em Ensino de Ciências na Amazônia pela Universidade do Estado do Amazonas. Especialista em Psicopedagogia pela Universidade Federal do Amazonas. Graduação em Pedagogia, pela Universidade Federal do Amazonas, e Curso de Formação de Psicanalista Clinico pela Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil. Atualmente é professora do Curso de Pedagogia da Faculdade Metropolitana de Manaus. É membro do grupo de pesquisa em Ensino de Ciências da Universidade do Estado do Amazonas, atuando nas linhas de pesquisa: Ensino de Ciências e novos paradigmas e Ensino de Ciências e Transversalidade e Ensino de Ciências e Educação Ambiental. Atuando nos seguintes temas: Currículo na Educação Básica, Metodologia da Pesquisa Cientifica, Metodologia de Ensino Superior, Ensino a Distância, Interdisciplinaridade. Também desenvolve seus trabalhos em áreas especificas de Informática na Educação, Ensino de Ciências, Processo de Ensino e Aprendizagem e Formação Continuada de Professores na Educação Básica da Secretária Municipal de Manaus - SEMED

Citas

ALVES, Nilda. Sobre a possibilidade e a necessidade curricular de uma base nacional comum. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 1464-1479, dez. 2014.

ARROYO, Miguel. Ofício de mestre – imagens e auto-imagens. Petrópolis: Vozes, 2000.

ARRUDA, Maria da Conceição Calmon; OLIVEIRA, Lia Maria Teixeira de. Licenciatura em educação do campo: desafios e expectativas. EccoS – Revista Científica, São Paulo, n. 33, p. 173-186, jan./abr. 2014. DOI: 10.5585/EccoS.N33.3719

BASTOS, Remo Moreira Brito. O surpreendente êxito do sistema educacional finlandês em um cenário global de educação mercantilizada. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 22, n. 70, jul./set. 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s1413-24782017227040

BELTRAME, Sonia A. B. Realidades das escolas do Campo no Brasil. In: AUED, Bernardete Wrublevski; VENDRAMINI, Célia Regina. (Orgs.). Educação do campo: desafios teóricos e práticos. Florianópolis: Insular, 2009. p. 10-15.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

______. Decreto Nº 7.352, de 4 de novembro de 2010. Dispõe sobre a política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 5 nov. 2010. Seção 1, n. 212, p. 1-3.

______. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, n. 248, p. 27833-27841.

______. Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 26 jun. 2014. Seção 1, n. 120-A, edição extra, p. 1-7.

______. Resolução Nº 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 jul. 2010. Seção 1, p. 824-828.

______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Educação é a base. Brasília: Ministério da Educação, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 14 abr. 2018.

CALDART, Roseli Salete. Pedagogias do Movimento Sem Terra. Petrópolis: Vozes, 2002.

CAMPOS, Rosânia; BARBOSA, Maria Carmen Silveira. BNC e educação infantil. Quais as possibilidades? Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 9, n. 17, p. 353-366, jul./dez. 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.22420/rde.v9i17.585

CARNOY, Martin. Estado e teoria política. 17. ed. Campinas: Papirus, 2017.

CÁSSIO, Fernando. Participação e participacionismo na construção da Base Nacional Comum Curricular. Nexo Jornal Digital, 2 dez. 2017. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2017/Participa%C3%A7%C3%A3o-e-participacionismo-na-constru%C3%A7%C3%A3o-da-Base-Nacional-Comum-Curricular>. Acesso em: 25 mar. 2018.

CHIZZOTTI, Antonio. Currículo por competência: ascensão de um novo paradigma curricular. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 26, n. 52, p. 429-448, jul./dez. 2012. DOI: DOI: http://dx.doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v26n52a2013-p429a448

______. Políticas Públicas: direito de aprender e avaliação formativa. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 11, n. 3, p. 561-576, set./dez. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.5212/PraxEduc.v.11i3.0002

DAVINI, Maria Cristina. Currículo integrado. 2010. Disponível em: <http://lagarto.ufs.br/uploads/content_attach/path/11340/curriculo_integrado_0.pdf>. Acesso em: 18 maio 2018.

FRAXE, Therezinha de Jesus Pinto; WITKOSKI, Antônio Carlos; MIGUEZ, Samia Feitosa. O ser da Amazônia: identidade e invisibilidade. Ciência e Cultura, Campinas, v. 61, n. 3, p. 30-32, 2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 16. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

HAGE, Salomão Antônio Mufarrej; BARROS, Oscar Ferreira. Currículo e educação do campo na Amazônia: referências para o debate sobre a multisseriação na escola do campo. Revista Espaço do Currículo, João Pessoa, v. 3, n. 1, p. 348-362, mar./set. 2010.

HAGE, Salomão Antônio Mufarrej; SILVA, Hellen do Socorro de Araújo; BRITO, Márcia Mariana Bittencourt. Educação superior do campo: desafios para a consolidação da licenciatura em Educação do Campo. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 32, n. 4, p. 147-174, out./dez. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0102-4698162036

INEP. Censo Escolar da Educação Básica 2016 - Notas Estatísticas. Brasília: INEP/MEC, 2017.

______. Panorama da educação no campo. Brasília: INEP, 2007.

LIBÂNEO, José C. Fundamentos teóricos e práticos do trabalho docente – estudo introdutório sobre pedagogia e didática. São Paulo: Cortez,1995.

MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Curricular Comum: a falsa oposição entre conhecimento para fazer algo e conhecimento em si. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 32, n. 2, p. 45-67, abr./jun. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0102-4698153052

MARSIGLIA, Ana Carolina Galvão et. al. A Base Nacional Comum Curricular: um novo episódio de esvaziamento da escola no Brasil. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 9, n. 1, p. 107-121, abr. 2017.

PARENTE, Cláudia da Mota Darós. Escolas Multisseriadas: a experiência internacional e reflexões para o caso brasileiro. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 22, n. 82, p. 57-88, jan./mar. 2014. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40362014000100004

PINTO, Fabiana de Freitas; VICTÓRIA, Cláudio Gomes da. Educação Indígena e Educação Ribeirinha: singularidades e diferenças, desafios e aprendizagens no contexto amazônico. In:

CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE, 12., 2015, Curitiba. Anais eletrônicos...Curitiba: PUC/PR, 2015. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/18096_8932.pdf >. Acesso em: 14 mar. 2018.

PONCE, Branca Jurema; ROSA, Sanny S. da. Políticas curriculares do estado brasileiro, trabalho docente e função dos professores como intelectuais. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 15, n. 39, p. 43-58, 2014.

PRICE, Todd Alan. Comum para quem? Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 1614-1633, dez. 2014.

SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo – uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2017.

______. O que significa o currículo? In: SACRISTÁN, José Gimeno. (Org.). Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2013. p. 16-35.

SILVA, Ileizi Luciana Fiorelli; ALVES NETO, Henrique Fernandes; VICENTE, Daniel Vitor. A proposta da Base Nacional Comum Curricular e o debate entre 1988 e 2015. Ciências Sociais Unisinos, São Leopoldo, v. 51, n. 3, p. 330-342, set./dez. 2015.

SOUZA, José Camilo Ramos de. O Currículo da escola de várzea e o ensino de geografia no município de Parintins. 2006. 164 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2006.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 17. ed. 2. reimp. Petrópolis: Vozes, 2016.

TOCANTINS, Leandro. O rio comanda a vida – uma interpretação da Amazônia. 9. ed. Manaus: Valer/Edições Governo do Estado, 2000.

Descargas

Publicado

2018-12-18

Número

Vol. 16 Núm. 4 (2018)

Sección

Artigos

Licencia

Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Todo o conteúdo da Revista e-Curriculum é aberto para acesso público, propiciando maior visibilidade, alcance e disseminação dos trabalhos publicados.