Emissões otoacústicas por transiente evocado em trabalhadores expostos a ruído ocupacional
Palavras-chave:
emissões otoacústicas, exposição a ruído ocupacional, exposição a ruído não-ocupacional, vigilância epidemiológica, alterações auditivas.Resumo
O objetivo desta pesquisa foi comparar os registros de emissões otoacústicas de dois grupos de indivíduos com limiares audiométricos normais, sendo o primeiro exposto a ruído ocupacional, há pelo menos um ano, e o segundo não exposto a ruído ocupacional. Cada grupo foi constituído de 80 pessoas, pareadas em função do sexo e idade. Todas apresentaram resultados do teste de imitância acústica dentro dos padrões de normalidade. Além da anamnese clínica e ocupacional, foram obtidos registros de emissões otoacústicas por transiente evocado.A prevalência de respostas ausentes em pelo menos uma orelha, no teste de emissões otoacústicas por transiente evocado, foi maior no grupo exposto a ruído ocupacional (68,75%) do que no não exposto (55,75%). Há associação significante (x2 = 6,619, p = 0,01) entre o fato de estar exposto a ruído ocupacional e apresentar respostas alteradas no teste de emissões otoacústicas entre indivíduos considerados normais podem ser resultado da exposição a ruído extra-laboral.
Discute-se a inclusão do teste de emissões otoacústicas como instrumento de vigilância epidemiológica às perdas causadas pelo ruído.