Emissões otoacústicas por transiente evocado em trabalhadores expostos a ruído ocupacional

Autores

  • Ana Claudia Fiorini
  • Frida Marina Fischer

Palavras-chave:

emissões otoacústicas, exposição a ruído ocupacional, exposição a ruído não-ocupacional, vigilância epidemiológica, alterações auditivas.

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi comparar os registros de emissões otoacústicas de dois grupos de indivíduos com limiares audiométricos normais, sendo o primeiro exposto a ruído ocupacional, há pelo menos um ano, e o segundo não exposto a ruído ocupacional. Cada grupo foi constituído de 80 pessoas, pareadas em função do sexo e idade. Todas apresentaram resultados do teste de imitância acústica dentro dos padrões de normalidade. Além da anamnese clínica e ocupacional, foram obtidos registros de emissões otoacústicas por transiente evocado.
A prevalência de respostas ausentes em pelo menos uma orelha, no teste de emissões otoacústicas por transiente evocado, foi maior no grupo exposto a ruído ocupacional (68,75%) do que no não exposto (55,75%). Há associação significante (x2 = 6,619, p = 0,01) entre o fato de estar exposto a ruído ocupacional e apresentar respostas alteradas no teste de emissões otoacústicas entre indivíduos considerados normais podem ser resultado da exposição a ruído extra-laboral.
Discute-se a inclusão do teste de emissões otoacústicas como instrumento de vigilância epidemiológica às perdas causadas pelo ruído.