Impacto da intervenção fonoaudiológica na Esclerose Sistêmica

Autores

  • Silvia Elaine Zuim de Moraes Baldrighi Universidade Federal de Sergipe
  • Leylane Fonseca Almeida Universidade Federal de Sergipe
  • Milena Cabral de Lima Universidade Federal de Sergipe
  • Carla Patrícia Hernandez Alves Ribeiro César Universidade Federal de Sergipe
  • José Caetano Macieira Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

fonoaudiologia, escleroderma sistêmico, avaliação de resultado de intervenções terapêuticas, terapia miofuncional.

Resumo

Introdução: A literatura é escassa em relatar as alterações miofuncionais orofaciais em sujeitos com esclerose sistêmica progressiva e as possibilidades de intervenção fonoaudiológica nesta afecção. Objetivo: Apresentar os resultados clínicos advindos de proposta terapêutica miofuncional orofacial. Métodos: Paciente de 43 anos de idade, gênero feminino, encaminhada pelo reumatologista para avaliação e procedimentos fonoaudiológicos. Apresentou como queixa principal restrição na abertura da boca. Na avaliação fonoaudiológica foi constatado valor da abertura máxima de boca em 26,9 mm; face enrijecida, com aparência de máscara; movimentos limitados de língua devido à rigidez e ao frênulo sublingual anteriorizado; lábios finos com postura habitual de repouso entreabertos; tensão do orbicular da boca e rigidez de laringe ao deglutir. Constou dos objetivos terapêuticos: estimular e possibilitar a execução de movimentos mandibulares minimizando a restrição muscular. Procedimentos quanto ao aumento da amplitude da boca por meio de relaxamentos, alongamentos, massagens, movimentos isotônicos, isométricos e manobras específicas foram essenciais para estabilizar a abertura da boca, liberar os movimentos mandibulares e coordená-los, melhorando a funcionalidade do sistema estomatognático. Resultados: Após 35 sessões: ganho de 10 mm na abertura passando para 36,9 mm; melhora da higiene oral, da articulação da fala, das funções de mastigação e deglutição, do selamento labial (embora assistemático) e da estética facial. Conclusão: A terapia fonoaudiológica miofuncional orofacial mostrou-se eficiente na esclerose sistêmica progressiva e mais estudos devem ser efetivados para possibilitar maior aproximação entre a Fonoaudiologia e a Reumatologia.

 

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Biografia do Autor

Silvia Elaine Zuim de Moraes Baldrighi, Universidade Federal de Sergipe

Doutora, Docente do Departamento de Fonoaudiologia - área motricidade orofacial, da Universidade Federal de Sergipe, campus São Cristóvão

Leylane Fonseca Almeida, Universidade Federal de Sergipe

Discente do curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Sergipe, campus São Cristóvão

Milena Cabral de Lima, Universidade Federal de Sergipe

Discente do curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Sergipe, campus São Cristóvão

Carla Patrícia Hernandez Alves Ribeiro César, Universidade Federal de Sergipe

Doutora, Docente do curso de Fonoaudiologia (área de motricidade orofacial) da Universidade Federal de Sergipe, campus Prof. Antônio Garcia Filho

José Caetano Macieira, Universidade Federal de Sergipe

Mestre, Docente do curso de Medicina da Universidade Federal de Sergipe, campus São Cristóvão e responsável pelo setor de Reumatologia do Hospital Universitário.

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Publicado

2014-09-12

Como Citar

Baldrighi, S. E. Z. de M., Almeida, L. F., Lima, M. C. de, César, C. P. H. A. R., & Macieira, J. C. (2014). Impacto da intervenção fonoaudiológica na Esclerose Sistêmica. Distúrbios Da Comunicação, 26(3). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/17183

Edição

Seção

Comunicações