Caracterização epidemiológica de uma clinica foniátrica

Resumo

Introdução:Os distúrbios de linguagem convocam profissionais de diferentes campos de conhecimento a refletirem sobre os casos atendidos e seus enigmas. Neste contexto, a possibilidade de diálogo com outras áreas pode responder sobre o atendimento clínico nesse campo, com a finalidade de pensar a direção do tratamento. Dados epidemiológicos também podem contribuir com informações clínicas para a condução dos pacientes. Objetivo:Caracterizar epidemiologicamente uma clínica foniátrica considerando os processos de diagnóstico e conduta. Método: Estudo retrospectivo de coorte histórica com corte transversal. De um total de 879 prontuários de pacientes com queixa de dificuldades na comunicação submetidos à avaliação foniátrica, em uma clínica particular. Resultados:O gênero masculino foi prevalente (64,5%), o distúrbio de linguagem de etiologia multifatorial foi o mais frequente (44%) e a conduta comumente adotada foi a terapia fonoaudiológica. Conclusão: O Fonoaudiólogo destaca-se como o profissional que mais encaminha pacientes para avaliação foniátrica e é o que mais recebe indicações de pacientes a partir da conduta do foniatra, declarando que a parceria entre essas especialidades, a Fonoaudiologia e a Foniatria, pode contribuir para a evolução dos tratamentos desses pacientes. Destacamos, ainda, a importância do psicólogo na composição da equipe interdisciplinar no atendimento aos pacientes com distúrbios da comunicação, pois nos resultados esta foi a segunda especialidade que recebeu mais encaminhamentos do foniatra, considerando que alterações e sofrimentos psíquicos estão diretamente relacionados com os problemas de linguagem.