Queixas e hipóteses diagnósticas de pacientes avaliados em serviço fonoaudiológico ambulatorial

Autores

  • Marina Garcia de Souza Borges Universidade Federal de Minas Gerais
  • Adriane Mesquita de Medeiros Universidade Federal de Minas Gerais
  • Stela Maris Aguiar Lemos Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i1p103-116

Palavras-chave:

Fonoaudiologia, Anamnese, Avaliação, Diagnóstico, Criança, Adolescente.

Resumo

Objetivo: Descrever queixas e hipóteses diagnósticas de pacientes avaliados em serviço fonoaudiológico ambulatorial e verificar suas associações com aspectos sociodemográficos e clínico-assistenciais. Método: Trata-se de estudo observacional, analítico e transversal, baseado em análise retrospectiva de prontuários pertencentes a pacientes avaliados entre 2010 e 2014. Os dados coletados constituíram as variáveis resposta número de queixas e o número de hipóteses diagnósticas e as variáveis explicativas sóciodemográficas e clínico-assistenciais. Foram utilizadas medidas de tendência central e variabilidade, distribuição de frequências e o Teste Qui-Quadrado de Pearson, para verificar associações. Resultados: Foram encaminhados para avaliação 1032 pacientes e incluídos 556 prontuários, sendo 181 indivíduos do sexo feminino e 375 do sexo masculino, com idades entre um mês e 16 anos. Em anamnese houve predomínio de duas a cinco queixas, sendo mais citadas as alterações de fala, linguagem escrita e de interação social. Na avaliação, a maioria dos prontuários dos pacientes descrevia de três a oito hipóteses diagnósticas, com prevalência das alterações na linguagem oral, nos aspectos cognitivos da linguagem e na motricidade orofacial. Houve associação com significativa estatística entre o número de queixas com faixas etárias, escolaridade do paciente e responsável pela queixa e, entre o número de hipóteses diagnósticas com faixas etárias, escolaridade materna e número de condutas. Conclusão: A não correspondência entre o tipo e o número de queixas referidas e hipóteses diagnósticas verificadas podem ser frequentes e deve-se atentar a este fato durante os processos de anamnese e avaliação.

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Biografia do Autor

Adriane Mesquita de Medeiros, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG

Stela Maris Aguiar Lemos, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG

Publicado

2018-04-01

Como Citar

Borges, M. G. de S., Medeiros, A. M. de, & Lemos, S. M. A. (2018). Queixas e hipóteses diagnósticas de pacientes avaliados em serviço fonoaudiológico ambulatorial. Distúrbios Da Comunicação, 30(1), 103–116. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i1p103-116

Edição

Seção

Artigos