O jogo simbólico na intervenção fonoaudiológica de crianças com transtorno do espectro autístico
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i2p-242-251Palavras-chave:
Transtorno Autístico. Fonoaudiologia. Crescimento e Desenvolvimento. Cognição.Resumo
Objetivo: Verificar a proposta do jogo simbólico na intervenção fonoaudiológica com crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autístico. Método: Estudo de casos, com abordagem qualitativa. Foi realizada em duas instituições filantrópicas de uma capital de um estado do Nordeste, com fonoaudiólogos que atuam com crianças autistas. Os fonoaudiólogos, denominados como F1, F2, F3, F4 e F5, responderam a uma entrevista estruturada com treze questões. As entrevistas obtiveram, em média, duração de 30 minutos, e foram realizadas no ambiente de trabalho do profissional. As respostas dos participantes foram analisadas e descritas conforme análise de conteúdo. Resultados: Os profissionais, quatro do sexo feminino e um do sexo masculino, possuem entre dois e nove anos de atuação, apenas dois têm formação relacionada ao autismo e dois relataram atender a uma demanda de mais de vinte crianças por semana. A maioria dos profissionais atua de forma generalista, não havendo busca por formação relacionada ao autismo. Em relação à estimulação do jogo simbólico, apenas três relataram que ocorre desde o início da terapia. Relataram avanços relacionados ao comportamento das crianças, e justificaram que tais avanços também são relatados por pais e outros profissionais. Conclusão: Foi possível observar variáveis que influenciam diretamente na estimulação do jogo simbólico relacionadas à formação, tempo de atuação e carga horária exclusiva para atendimentos dos pacientes. Para alguns fonoaudiólogos que atuam na área, são necessárias abordagens que estimulem comportamentos funcionais e hábitos de vida diária, considerando o jogo simbólico como secundário para o desenvolvimento cognitivo e da linguagem.
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