Caracterização das orientações sobre aleitamento materno recebidas por gestantes e puérperas na cidade de Belo Horizonte
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2020v32i4p615-625Palavras-chave:
Fonoaudiologia, Gestantes, Aleitamento materno, Educação em Saúde, AconselhamentoResumo
Objetivo: caracterizar as orientações sobre aleitamento materno, recebidas por gestantes e puérperas na cidade de Belo Horizonte, e investigar fatores que influenciam o aleitamento materno exclusivo, o uso da chupeta e da mamadeira. Métodos: trata-se de um estudo transversal observacional descritivo, do qual participaram 168 mães com média de 27,2 ± 6,6 anos de idade. Foi aplicado um questionário com questões a respeito das orientações recebidas no pré-natal e no pós-natal imediato e tardio. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e foram obtidas as associações da idade da mãe e do bebê, escolaridade materna e orientações recebidas com aleitamento materno exclusivo, uso de chupeta e de mamadeira. Resultados: 132 participantes (78,6%) relataram ter recebido orientação em algum momento do ciclo gravídico-puerperal. As orientações ocorreram predominantemente no pré-natal, mas abrangeram o maior número de mulheres, 121 (91,7%), no pós-natal imediato, sendo que o profissional responsável variou conforme o momento em que essas orientações foram ministradas. A principal estratégia utilizada foi o aconselhamento individual abordando temas diversos, sendo os de maior ocorrência a pega do bebê, os benefícios para a mãe e para o bebê, o tempo ideal de aleitamento exclusivo e os cuidados com as mamas. A maior parte das entrevistadas, 126 (95,5%), afirmou que as orientações foram úteis e 101 (76,5%) disseram tê-las empregado. Somente a idade da criança apresentou associação com o aleitamento materno exclusivo e com o uso de chupeta e de mamadeira, sendo que, à medida que a idade da criança aumentou, houve redução da prevalência do aleitamento materno e aumento da frequência de uso de chupeta e de mamadeira. Conclusão: há carência de orientações no pós-natal tardio e necessidade de se rever as estratégias de orientação, visto que as práticas educativas não influenciaram a realização do aleitamento materno exclusivo e o uso de mamadeira e chupeta.
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