Relação entre o desenvolvimento infantil e as fissuras labiopalatinas

Autores

  • Marina Silveira Schönardie Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/Curso de Fonoaudiologia
  • Leticia Pacheco Ribas Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA/Departamento de Fonoaudiologia
  • Gabriela Peretti Wagner Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA/Departamento de Psicologia
  • Maria Cristina de Almeida Freitas Cardoso Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA/Departamento de Fonoaudiologia e PPG/Ciências da Reabilitação

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2021v33i1p40-48

Palavras-chave:

Desenvolvimento Infantil, Anormalidades Congênitas, Linguagem Infantil, Fenda Labial, Fissura Palatina

Resumo

Introdução: As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas recorrentes e ocasionam prejuízos de fala, deglutição, audição e socialização. O desenvolvimento infantil compreende a evolução das habilidades motoras, cognitivas, sociais e emocionais, sendo influenciado por muitos fatores. Objetivo: investigar o desenvolvimento infantil de crianças com fissuras labiopalatinas (FLP). Método: Estudo observacional transversal realizado por análise de dados de entrevista e do resultado do teste de Denver II em um grupo de crianças com FLP, sem síndromes associadas. Foram incluídos 27 indivíduos entre sete e 68 meses, de ambos os sexos, que realizam acompanhamento fonoaudiológico em ambulatório do Sistema Único de Saúde de um hospital pediátrico. Resultados: A mediana de idade dos 27 participantes foi 25 meses, sendo 15 indivíduos do sexo feminino (55,6%); 13 com fissura pós-forame incisivo incompleta (48,1%); a maioria, o primogênito da família (51,85%); não tendo iniciado atividades escolares (59,26%). A média de idade materna foi quatro anos mais baixa que a paterna e a renda familiar é de cerca de dois salários mínimos. A FLP transforame unilateral ocorreu mais em meninos (55,6%), enquanto a fissura palatina pós-forame incompleta ocorreu mais em meninas (61,5%). No teste aplicado, a área da linguagem foi a mais acometida, tendo 37% dos indivíduos apresentando item de cautela ou atenção, com falha em uma prova. Conclusão: Observou-se desenvolvimento esperado na maioria da população estudada, possivelmente ocasionado pelo atendimento precoce recebido. Os resultados com risco para atraso ocorreram mais frequentemente no sexo feminino, nas fissuras pós-forame, no primogênito e relacionaram-se com a área de linguagem.

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Biografia do Autor

Marina Silveira Schönardie, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/Curso de Fonoaudiologia

Bacharel em Fonoaudiologia/Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA.

Leticia Pacheco Ribas, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA/Departamento de Fonoaudiologia

Mestre em Linguística Aplicada pela PUCRS (2002); Doutor em Linguística Aplicada pela PUCRS (2006); Docente da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA/Departamento de Fonoaudiologia/Linguagem

Gabriela Peretti Wagner, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA/Departamento de Psicologia

Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2006); Doutor em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2010);Pós-Doutor em Psicologia (UFRGS). Docente do Departamento de Psicologia/Neuropsicologia e Avaliação Neuropsicológica e PPG/Psicologia e Saúde da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA.

Maria Cristina de Almeida Freitas Cardoso, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA/Departamento de Fonoaudiologia e PPG/Ciências da Reabilitação

Doutor em Gerontologia Biomédica (PUCRS); Mestre em Disturbios da Comunicaçao Humana (UFSM); Docente do Departamento de Fonoaudiologia/Motricidade Orofacial e PPG/Ciências da Reabilitação/Musculoesqueletica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA.

Publicado

2021-02-22

Como Citar

Schönardie, M. S., Ribas, L. P., Wagner, G. P., & Cardoso, M. C. de A. F. (2021). Relação entre o desenvolvimento infantil e as fissuras labiopalatinas. Distúrbios Da Comunicação, 33(1), 40–48. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2021v33i1p40-48

Edição

Seção

Artigos