Características interacionais do brincar em crianças com suspeita do Transtorno do Espectro Autista
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i1e52065Palavras-chave:
Transtorno Autístico, Linguagem Infantil, Intervenção Precoce, Desenvolvimento InfantilResumo
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno neurodesenvolvimental caracterizado pelas dificuldades de comunicação por deficiência da linguagem e do uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Objetivo: Descrever as características da interação em relação à brincadeira funcional e simbólica de três crianças com suspeita de TEA. Método: Fizeram parte do estudo três pacientes do sexo masculino na faixa etária entre 3 anos a 4 anos e 6 meses, provenientes de demanda espontânea de serviço fonoaudiológico de um hospital pediátrico. Os procedimentos constituíram-se de entrevista inicial com os pais/responsáveis e a análise da interação com o avaliador através da brincadeira semiestruturada proposta pelo Protocolo de Avaliação Comportamental para Crianças com Suspeita de Transtorno do Espectro Autista – Revisado (PROTEA-R). Resultados: As 2 crianças com risco de TEA apresentaram prejuízo do uso da linguagem para comunicação e falta de efetividade em atenção compartilhada, enquanto a que não apresentou risco utiliza a linguagem para se comunicar e demonstra adequada função de atenção compartilhada. Observou-se que características da brincadeira funcional e simbólica e a atenção compartilhada, se presentes, são aspectos que atenuam o risco para TEA. Além disso, a ausência de ecolalia também é uma variável que auxilia o possível diagnóstico. Conclusão: A observação da brincadeira se mostrou efetiva na avaliação das funções comunicacionais e interacionais de crianças autistas, auxiliando no direcionamento e na otimização do processo terapêutico.
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