Identificação de alterações auditivas em crianças pré-escolares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i1e52382

Palavras-chave:

Audição, Criança, Triagem, Pré-escolar

Resumo

Programas de saúde auditiva estão voltados predominantemente para crianças entre 0 e 3 anos de idade ou para os maiores de 7. As crianças entre estas duas faixas etárias não estão em nenhum destes programas, porém é neste grupo que mais ocorrem problemas de orelha média, e, é, neste grupo, possível detectar as perdas auditivas mínimas, leves ou unilaterais que não foram identificadas nos programas de triagem auditiva neonatal. Objetivo: Identificar alterações auditivas em crianças pré-escolares por meio de um programa de triagem auditiva. Método: Trata-se de estudo descritivo, transversal e observacional realizado em duas escolas municipais do município de Mauá. A amostra foi composta por crianças de cinco e seis anos de idade. O programa de triagem auditiva foi composto: a. otoscopia; b. timpanometria, e c. registro das emissões otoacústicas transiente (EOAT) e produto de distorção (EOAPD). Em vista da pandemia iniciada em março de 2020, não foi possível avaliar as crianças de três e quatro anos. Resultados: 28,44% (n= 31) de crianças falharam na otoscopia. Das 78 (71,55%) crianças que passaram na otoscopia, 30,8% falharam na timpanometria; 16,7% nas Emissões Otoacústicas Produto de Distorção (DPOAE) e 19,2% nas Emissões Otoacústicas por estímulo Transiente (TPOAE); 30,76% (n= 24) das crianças falharam em pelo menos um dos três procedimentos. Conclusão: foram identificadas 30,76% de crianças com risco de alteração auditiva que devem ser encaminhadas para avaliação médica e audiológica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Soulay Belote Leal, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Audiologia Clínica

Teresa Maria Momensohn-Santos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Audiologia

Referências

Leek MR, Watson CS. Learning to detect auditory pattern components. J Acoust Soc Am. 1984; 76(4): 1037-44. DOI:10.1121/1.391422.

Assmann P, Summerfield Q. A percepção da fala em condições adversas. Nova Iorque: Springer; 2004. [ Google Scholar ]

Bess FH, Davis H, Camarata S, Hornsby BWY. Listening-Related Fatigue in Children With Unilateral Hearing Loss. Lang Speech Hear Serv Sch. 2020; 8; 51(1): 84-97. DOI: 10.1044/2019_LSHSS-OCHL-19-0017.

American Academy of Audiology. Childhood Hearing Screening Guidelines. 2011. [Acesso em: 16 dez, 2020]. Disponível em: www.audiology.org/publications-resources/document-library/pediatric-diagnostics.

American Speech-Language-Hearing Association. 2002. Diretrizes para prestação de serviços de audiologia nas e para as escolas. [Acesso em: 10 Nov.2020] Disponível em .

World Health Organization. Addressing the rising prevalence of hearing loss. Geneva,2018. [acesso em 25 de out de 2020]. Disponível em: http://www.who.int/pbd/deafness/estimates/en/

World Health Organization. Deafness and hearing loss [Online]. 2019. [acesso em jan 2021]. Disponível em:https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/deafness-and-hearing-loss.

Harris MS and Dodson EE. Hearing health access in developing countries. Current Opinion in Otolaryngology & Head and Neck Surgery.1972; 25, 353–8.

Global Research on Developmental Disabilities Collaborators. Developmental disabilities among children younger than 5 years in 195 countries and territories, 1990-2016: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Lancet Glob Health. 2018 Oct;6(10):e1100-e1121. DOI: 10.1016/S2214-109X(18)30309-7.

Feder KP, Michaud D, McNamee J, Fitzpatrick E, Ramage-Morin P, Beauregard Y. (2017). Prevalence of Hearing Loss Among a Representative Sample of Canadian Children and Adolescents, 3 to 19 Years of Age. Ear and Hearing, 38(1), 7–20.DOI:10.1097/aud.0000000000000345.

Niskar AS, Kieszak SM, Holmes A, Esteban E, Rubin C, Brody DJ. Prevalence of hearing loss among children 6 to 19 years of age: the Third National Health and Nutrition Examination Survey. JAMA. 1998; 279(14): 1071-5.DOI:10.1001/jama.279.14.1071

Elbeltagy R. Prevalence of Mild Hearing Loss in Schoolchildren and its Association with their School Performance. Int. Arch. Otorhinolaryngol. 2020; 24(1)e93-e98. DOI: 10.1055/s-0039-1695024.

Béria JU, Raymann BCW, Gigante LP, Figueiredo ACL, Jotz G, Roithman R, et al. Hearing impairment and socioeconomic factors: a population-based survey of an urban locality in southern Brazil. Rev Panam Salud Publica 2007; 21: 381-7.

Balen SA, Debiasi TF, Pagnossim DF, Broca S, Roggia SM, Gondim LM, et al. Characterization of Hearing in Children in a Population Base Study in the City of Itajaí / SC. Int. Arch. Otorhinolaryngol. 2009; 13(4): 372-80

Walker EA. Evidence-Based Practices and Outcomes for Children with Mild and Unilateral Hearing Loss. Lang Speech Hear Serv Sch. 2020; 51(1): 1-4. DOI: 10.1044/2019_LSHSS-19-00073.

Skarżyński PH, Świerniak W, Gos E, Pierzyńska I, Walkowiak A, Cywka KB, Wołujewicz K, Skarżyński H. (2020) Results of hearing screening of school-age children in Bishkek, Kyrgyzstan. Primary Health Care Research & Development 21(e18): 1–6. DOI: 10.1017/S1463423620000183.

Lemajić-Komazec S, Komazec Z, Vlaski L, Dankuc D. [Analysis of reasons for late diagnosis of hearing impairment in children]. Medicinski Pregled. 2008 ;61 Suppl 2:21-5.

Mulwafu W, Tataryn M, Polack S, Viste A, Goplen FK, Kuper H. Crianças com deficiência auditiva no Malawi, um estudo de coorte. Bull World Health Organ. 2019; 97 (10): 654-62.DOI: 10.2471 / BLT.18.226241.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas e Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Instrutivo PSE / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Olusanya BO, Davis AC, Wertlieb D, Boo N-Y, Nair MKC, et al. Deficiências de desenvolvimento entre crianças menores de 5 anos em 195 países e territórios, 1990-2016: uma análise sistemática para o Global Burden of Disease Study 2016. Global Research on Developmental Disabilities Collaborators, 29 de agosto de 2018. DOI: 10.1016/S2214-109X(18)30309-7.

Chow AHC, Cai T, McPherson B, Yang F (2019) Otite média com efusão em crianças: Correlação de frequência cruzada na audiometria tonal. PLoS ONE 14 (8): e0221405.DOI:10.1371/journal.pone.0221405.

Leclair KL, Saunders JE. Meeting the educational needs of children with hearing loss. Bulletin of the World Health Organization 2019; 97: 722-724. DOI: 10.2471/BLT.18.227561.

Pereira SG, Carvalho AJA, Escarce AG, Alves JMM, Goulart LMHF, Lemos SMA. Triagem auditiva na educação infantil: associação com determinantes de saúde. Distúrb Comum. 31(2): 285-96, junho, 2019.

Jerger J, Jerger S, Mauldin L. Studies in impedance audiometry. Normal and sensorineural ears. Arch. Otolaringol. 1972; 96 513-23.

Olusanya, B. O., Okolo, A. A., & Ijaduola, G. T. A. (2000). The hearing profile of Nigerian school children. International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology, 55(3), 173-9. DOI:10.1016/s0165-5876(00)00393-1

Sassen, M. L., van Aarem, A., & Grote, J. J. (1994). Validity of tympanometry in the diagnosis of middle ear effusion. Clinical Otolaryngology, 19, 185–9.

Yilmaz, S., Karasalihoglu, A., Tas, A., Yagiz, R., & Tas, M. (2006). Otoacoustic emissions in young adults with a history of otitis media. The Journal of Laryngology & Otology, 120(2), 103-7. doi:10.1017/S0022215105004871.

Tamanini D, Ramos N, Dutra LV, Bassanesi HJC. Triagem auditiva escolar: identificação de alterações auditivas em crianças do primeiro ano do ensino fundamental. Rev. CEFAC. 2015 Set-Out; 17(5): 1403-14.

Publicado

2022-03-11

Como Citar

Leal, S. B., & Momensohn-Santos, T. M. (2022). Identificação de alterações auditivas em crianças pré-escolares. Distúrbios Da Comunicação, 34(1), e52382. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i1e52382

Edição

Seção

Artigos