Transtornos de linguagem em pessoas que se comunicam por língua de sinais

revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i4e57098

Palavras-chave:

Língua de sinais, Transtorno da linguagem, Linguagem infantil.

Resumo

Introdução: Quando um transtorno de linguagem se apresenta desde a infância e não é diagnosticado ou tratado, independente da língua e de sua modalidade, pode acarretar uma série de consequências em todas as fases da vida. Objetivo: Identificar e analisar a produção científica que aborda a ocorrência de transtornos de linguagem em pessoas surdas que se comunicam por língua de sinais. Estratégia de pesquisa: Levantamento da literatura nacional e internacional nas bases de dados, Embase, ERIC, LILACS, PubMed e Scielo. A pergunta norteadora foi “Como a Fonoaudiologia aborda os casos de pessoas surdas usuárias de língua de sinais e que são acometidas por transtornos de linguagem nessa modalidade?”. Critério de seleção: Artigos que abordavam práticas fonoaudiológicas em quadros de transtorno de linguagem em população usuária de língua de sinais. Resultados: Foram identificados 295 artigos, e após aplicar os critérios de elegibilidade, oito foram incluídos na análise. O intervalo de tempo de publicação encontrado foi de 12 anos (de 2007 até 2018), estudos majoritariamente do Reino Unido, de delineamento observacional e ainda com amostra restrita. Conclusão: Há escassez de estudos que abordem os transtornos de linguagem em crianças surdas sinalizadoras, principalmente no âmbito nacional. Esse achado chama atenção para a necessidade de estudos que abordem práticas fonoaudiológicas de intervenção nesses transtornos, viabilizando a formação dos fonoaudiólogos quanto às práticas clínicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

Pedroso FS, Rotta NT, Danesi MC, Avila LN de, Savio CB. Evolução das manifestações pré-linguísticas em crianças normais no primeiro ano de vida. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia [online]. 2009, v. 14, n. 1, pp. 22-25.

Morgan G, Herman R, Woll B. Language impairments in sign language: Breakthroughs and puzzles. International Journal of Language and Communication Disorders. 2007 Jan; 42(1): 97–105.

Lodi ACB, Moura MC de. Primeira língua e constituição do sujeito: uma transformação social. ETD - Educação Temática Digital, 2008, v. 7, n. 2, p. 1–13, 2008.

Dizeu LCTB, Caporali, SA. A língua de sinais constituindo o surdo como sujeito. Educação & Sociedade [online]. 2005, v. 26, n. 91, pp. 583-597.

Barbosa FV. Avaliação das habilidades comunicativas de crianças surdas: a influência do uso da língua de sinais e do português pelo examinador bilíngue. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia [online]. 2007, v. 12, n. 4, pp. 346.

Barbosa FV, Lichtig I. Protocolo do perfil das habilidades de comunicação de crianças surdas. Revista de estudos da linguagem. 2014, v. 22, n. 1, p. 95-118.

Brasil. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 25 de abril de 2002.

Brasil. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 2005.

Guarinello AC, et al. A disciplina de Libras no contexto de formação acadêmica em Fonoaudiologia. Revista CEFAC [online]. 2013, v. 15, n. 2, pp. 334-340.

Prates LCS, Martins VO. Distúrbios da fala e da linguagem na infância. Revista Médica de Minas Gerais. 2011; 21(4): 54–60.

American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Tradução Maria Inês Corrêa Nascimento et al. Revisão Técnica Aristides Volpato Cordioli et al. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Moura MC, Begrow DDV, Chaves ADD, Azoni CAS. Fonoaudiologia, língua de sinais e bilinguismo para surdos. CODAS. 2021; 33(1): 1–2.

Barbosa FV. A Clínica Fonoaudiológica Bilíngue e a Escola de Surdos na Identificação da Língua de Sinais Atípica. Educação & Realidade. 2016 Sep; 41(3): 731–54.

Cripps JH, Cooper SB, Supalla SJ, Evitts PM. Meeting the Needs of Signers in the Field of Speech and Language Pathology. Communication Disorders Quarterly. 2016; 37(2): 108–16.

Mason K, Rowley K, Marshall CR, Atkinson JR, Herman R, Woll B, et al. Identifying specific language impairment in deaf children acquiring British Sign Language: Implications for theory and practice. British Journal of Developmental Psychology. 2010; 28(1): 33–49.

Quinto-Pozos D, Singleton JL, Hauser PC. A case of specific language impairment in a deaf signer of American sign language. Journal of Deaf Studies and Deaf Education. 2017; 22(2): 204–18.

Marshall CR, Rowley K, Mason K, Herman R, Morgan G. Lexical organization in deaf children who use British Sign Language: Evidence from a semantic fluency task. Journal of Child Language. 2013; 40(1): 193–220.

Marshall C, Mason K, Rowley K, Herman R, Atkinson J, Woll B, et al. Sentence Repetition in Deaf Children with Specific Language Impairment in British Sign Language. Language Learning and Development. 2014; 11(3): 237–51.

Herman R, Rowley K, Mason K, Morgan G. Deficits in narrative abilities in child British Sign Language users with specific language impairment. International Journal of Language and Communication Disorders. 2014; 49(3): 343–53.

Guimarães CF, Campello AR e S. “Trocas nos sinais”: caracterização de processos fonológicos ocorridos durante a aquisição de Libras por pré-escolares surdos. Audiology - Communication Research. 20188; 23, e1922.

Publicado

2023-06-14

Como Citar

Silva, N. de S. L., & Cáceres-Assenço, A. M. (2023). Transtornos de linguagem em pessoas que se comunicam por língua de sinais: revisão integrativa. Distúrbios Da Comunicação, 34(4), e57098. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i4e57098

Edição

Seção

Artigos