Avaliação e intervenção responsiva e integrativa na criança com distúrbio alimentar pediátrico com Trissomia do 21
Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i1e57848Palavras-chave:
Pediatria, Transtornos de Alimentação na Infância, Transtornos da Alimentação e da Ingestão de Alimentos, Percepção, Síndrome de DownResumo
Na criança com Trissomia do 21 a dificuldade alimentar pode estar presente. Alguns sinais são as alterações na habilidade motora-oral, no processamento sensorial, tempo elevado das refeições, recusa alimentar prolongada e falta de autonomia. Ainda pouco se discute sobre as dificuldades alimentares e seu processo terapêutico nesta população. O objetivo deste estudo foi descrever a avaliação e intervenção fonoaudiológica e da terapia ocupacional na dificuldade alimentar de uma criança com Trissomia do 21 com o uso de estratégias de alimentação responsiva e integrativa. Criança 3 anos e 2 meses, sexo masculino. Avaliação fonoaudiológica demonstrou criança com distúrbio alimentar pediátrico, caracterizado por atraso na habilidade motora-oral, baixa percepção intraoral e comportamento alimentar altamente seletivo. Na avaliação da terapia ocupacional verificou-se perfil sensorial alterado. Na fonoterapia foram trabalhados aspectos como a percepção do alimento, ritmo e o tempo de alimentação. Na terapia ocupacional, o objetivo foi adequar nível de alerta, favorecer a independência e o desenvolvimento psicomotor. Após a intervenção, a reavaliação fonoaudiológica demonstrou que houve ampliação do cardápio, melhora da percepção, da habilidade motora intraoral, aceitação de diferentes utensílios e modos de apresentação do alimento, autonomia e prazer nas refeições. A reavaliação da terapia ocupacional mostrou um nível de alerta e atenção mais adequado, uso das mãos e dedos de maneira mais funcional para se alimentar. Foram observadas evoluções positivas em relação à intervenção fonoaudiológica e da terapia ocupacional na dificuldade alimentar de uma criança com Trissomia do 21 com o uso de estratégias de alimentação responsiva e integrativa.
Downloads
Metrics
Referências
Goday OS, Huh SY, Silverman A, Lukens CT, Dodrill P, Cohen SS et al. Pediatric Feeding Disorder: Consensus Definition and Conceptual Framework. J. Pediatr. Gastroenterol. Nutr. 2019; 68:124–29.
Van Dijk M, Lipke-Steenbeek W. Measuring feeding difficulties in toddlers with Down syndrome. Appetite. 2018; 126: 61-65.
Anil MA, Shabnam S, Narayanan S. Feeding and swallowing difficulties in children with Down syndrome. J Intellect Disabil Res. 2019; 63(8): 992-1014.
Stanley MA, Shepherd N, Duvall N, Jenkinson SB, Jalou HE, Givan D et al. Clinical identification of feeding and swallowing disorders in 0–6 month old infants with Down syndrome. AJMG. 2019; 179(2), 177-82.
Wintergerst A, López-Morales M.P. Masticatory function in children with Down syndrome. Physiol. Behav. 2021; 235, 113390.
Ravel A, Mircher C, Rebillat AS, Cieuta-Walti C, Megarbane A. Feeding problems and gastrointestinal diseases in Down syndrome. Arch Pediatr. 2020; 27(1), 53-60.
Poskanzer SA, Hobensack V, Ciciora SL, Santoro SL. Feeding difficulty and gastrostomy tube placement in infants with Down syndrome. Eur. J. Pediatr. 2020; 179(6), 909-17.
Gaebler CP, Hanzlik JR. The Effects of a Prefeeding Stimulation Program on Preterm Infants. Am. J. Occup. Ther. 1996; 50: 184-92;
Fucile S, Gisel E, Lau C. Oral stimulation accelerates the transition from tube to oral feeding in preterm infants. J Pediatr. 2002; 141: 230–36.
Pérez-Escamilla R, Jimenez EY, Dewey KG. Responsive Feeding Recommendations: Harmonizing Integration into Dietary Guidelines for Infants and Young Children. Curr Dev Nutr. 2021; 30; 5(6).
Silva, GA, Costa KA, Giugliani ER.Infant feeding: beyond the nutritional aspects. J. Pediatr. 2016; 92, 2-7.
Sharp WG, Volkert VM, Scahill L, McCracken CE, McElhanon B. A systematic review and meta-analysis of intensive multidisciplinary intervention for pediatric feeding disorders: how standard is the standard of care?. J Pediatr. 2017; 181, 116-124.
Dunn W, Daniels DB. Initial development of the infant/toddler sensory profile. J. Early Interv. 2002: 25, 27–41.
Bruni M, Cameron D, Dua S, Noy S. Reported sensory processing of children with Down Syndrome. Phys Occup Ther Pediatr. 2010; 30 (4), 280-93.
Will EA, Daunhauer LA, Fidler DJ, Raitano Lee N, Rosenberg CR, Hepburn SL. Sensory processing and maladaptative behavior: Profiles within the Down Syndrome phenotype Phys Occup Ther Pediatr. 2019; 1-16.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Dra Patrícia Junqueira, Michelle Miranda Pereira, Mariana Guerra Lebl, Thaís Alves
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.