Rede de cuidado especializado em pacientes com zumbido no Brasil

perfil profissional, métodos e técnicas de avaliação e intervenção

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2024v36i1e65022

Palavras-chave:

Zumbido, Equipe de Assistência ao Paciente, Modelos de Assistência à Saúde, Práticas Interdisciplinares, Serviços de Saúde

Resumo

Introdução: O zumbido é um sintoma de alta prevalência na população, que necessita de cuidado especializado e centrado no paciente e suas individualidades. Objetivo: investigar a rede de cuidado especializado em pacientes com queixa de zumbido no Brasil. Método: Realizou-se uma busca a nível nacional com 152 profissionais que atendem o público com zumbido, por meio de redes sociais, além de utilizar a técnica “snow ball”. Foram selecionados os profissionais com atuação clínica ou participação de grupo de pesquisa em zumbido. Aos selecionados, foi enviado por e-mail ou rede social um questionário do Google Forms composto por doze questões objetivas, a fim de identificar o perfil desses profissionais, bem como do atendimento oferecido por eles. Os dados foram categorizados e tabulados em planilha digital para posterior análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: os resultados mostraram que há profissionais atuantes em zumbido em 21 estados brasileiros, sendo a maior parte nas regiões Sudeste e Nordeste, inseridos principalmente no setor privado e a maioria em equipes multidisciplinares que contam, pelo menos, com um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo, apresentando práticas avaliativas e terapêuticas semelhantes. Conclusão: foi possível observar que, embora o número de profissionais ainda seja um número reduzido, além de não serem bem distribuídos geograficamente, há uma semelhança quanto aos métodos de avaliação e tratamento utilizados, bem como a abordagem multidisciplinar tem se tornado uma realidade na prática clínica, ainda que mais presente no setor privado, o que renova as perspectivas do público acometido pelo zumbido, para um futuro próximo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

De Ridder D, Schlee W, Vanneste S, Londero A, Weisz N, Kleinjung T, et al. Tinnitus and tinnitus disorder: Theoretical and operational definitions (an international multidisciplinary proposal). Prog Brain Res. 2021 Jan 1; 260:1-25.

Sanchez TG, Medeiros ÍR, Levy CP, Ramalho JD, Bento RF. Zumbido em pacientes com audiometria normal: caracterização clínica e repercussões. Rev Bras Otorrinolaringol. 2005; 71: 427-31.

Lewis JE, Stephens SD, McKenna L. Tinnitus and Suicide. Clin Otolaryngol Allied Sci. 1994 Feb.

Bauer CA, Brozoski TJ. Tinnitus Assessment and Treatment: Integrating Clinical Experience with the Basic Science of Tinnitus. In: Salvi, Wei Sun and Lobarinas. Seminars in Hearing, Tinnitus Part Two. 2008.

Newman CW, Jacobson GP, Spitzer JB. Development of the Tinnitus Handicap Inventory. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 1996 Feb; 122(2): 143-8.

Henry JA, Dennis KC, Schechter MA. General Review of Tinnitus. J Speech Lang Hear Res. 2005 Oct; 48(5): 12-35.

Seidman MD, Jacobson GP. Update on tinnitus. Otolaryngol. clin.. 1996.

Oiticica J, Bittar RS. Prevalência do zumbido na cidade de São Paulo. Braz J Otorhinolaryngol. 2015; 81(2): 167-76.

Pinto PC, Sanchez TG, Tomita S. Avaliação da relação entre severidade do zumbido e perda auditiva, sexo e idade do paciente. Braz J Otorhinolaryngol. 2010; 76(1): 18-24.

Knobel KA, Sanchez TG. Atuação dos fonoaudiólogos do estado de São Paulo na avaliação do paciente com zumbido e/ou hipersensibilidade a sons. Pro-Fono. 2002;14(2):215-24.

Person OC, Féres MC, Barcelos CE, de Mendonça RR, Marone MR, Rapoport PB. Zumbido: aspectos etiológicos, fisiopatológicos e descrição de um protocolo de investigação. Arq Med ABC. 2005 Dec 15; 30(2).

Baguley D, McFerran D, Hall D. Tinnitus. The Lancet. 2013;1600–7.

Kreuzer PM, Vielsmeier V, Langguth B. Chronic tinnitus: an interdisciplinary challenge. Dtsch Arztebl Int. 2013 Apr;278-84.

Cima RF, Maes IH, Joore MA, Scheyen DJ, El Refaie A, Baguley DM, et al. Specialized treatment based on cognitive behavior therapy versus usual care for tinnitus: a randomized controlled trial. The Lancet. 2012 May 26; 379(9830): 1951-9.

Mazurek B. Tinnitus: from basic principles to therapy. HNO. 2015 Apr; 253-7.

Oliveira FB. Origem e evolução dos cursos de pós-graduação lato sensu no Brasil. Rev Adm Pública. 1995; 29(1): 19-33.

Chole RA, Parker WS. Tinnitus and vertigo in patients with temporomandibular disorder. Arch Otolaryngol. 1992.

Biesinger E. C2 and C3 cervical nerve root syndrome: the influence of cervical spine dysfunction on ENT symptoms. Manual Medicine. 1997; 35:12-9.

Figueiredo RR, Azevedo AA, Mello P. Correlation analysis of the visual-analogue scale and the Tinnitus Handicap Inventory in tinnitus patients. Rev Bras Otorrinolaringol. 2009 Feb; 75(1): 76-9.

Azevedo AA, Oliveira PM, Siqueira AG, Figueiredo RR. Análise crítica dos métodos de mensuração do zumbido. Rev Bras Otorrinolaringol. 2007.

Ryan D, Bauer CA. Neuroscience of Tinnitus. Neuroimaging Clin N Am. 2016.

Paro CA, Vianna NG, Lima MC. Investigando a adesão ao atendimento fonoaudiológico no contexto da atenção básica. Rev CEFAC. 2013 Oct.

Miranda GM, Mendes AC, Silva AL, Rodrigues M. Assistência fonoaudiológica no SUS: a ampliação do acesso e o desafio de superação das desigualdades. Rev CEFAC. 2015 Feb.

Phillips JS, McFerran D. Neurophysiological model-based treatments for tinnitus. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Jan.

Baldo P, Doree C, Molin P, McFerran D, Cecco S. Antidepressants for patients with tinnitus. Cochrane Database Syst Rev. 2012.

Hoekstra CE, Rynja SP, van Zanten GA, Rovers MM. Anticonvulsants for tinnitus. Cochrane Database Syst Rev. 2011.

Hoare DJ, Edmondson‐Jones M, Sereda M, Akeroyd MA, Hall D. Amplification with hearing aids for patients with tinnitus and co-existing hearing loss. Cochrane Database Syst Rev. 2014.

Cima RF, Mazurek B, Haider H, Kikidis D, Lapira A, Noreña A, et al. A multidisciplinary European guideline for tinnitus: diagnostics, assessment, and treatment. HNO. 2019 Mar.

Publicado

2024-06-17

Como Citar

Meneses, E. da C., Ferreira, R. J. dos S., Almeida, A. A., Barreiro, F. C. A. B., & Rosa, M. R. D. da. (2024). Rede de cuidado especializado em pacientes com zumbido no Brasil: perfil profissional, métodos e técnicas de avaliação e intervenção. Distúrbios Da Comunicação, 36(1), e65022. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2024v36i1e65022

Edição

Seção

Comunicações