Investigação dos limiares de audibilidade das altas freqüências em crianças com histórico de intoxicação por chumbo

Autores

  • Andréa Cintra Lopes
  • Flávia Virgínia de Faria
  • Luciane Paiva Monteiro
  • Ana Dolores Passarelli Melo
  • Kátia de Freitas Alvarenga
  • Marisa Ribeiro Feniman

Palavras-chave:

audiometria de altas freqüências, chumbo, audição

Resumo

Introdução: A audiometria tonal de altas freqüências auxilia no diagnóstico precoce de alterações auditivas, podendo ser utilizada como medida profilática para preservação da audição ou para evitar possível progressão de uma alteração já existente. Esses danos podem ser provenientes de vários agentes etiológicos como o envelhecimento, a exposição a drogas ototóxicas e ao ruído ocupacional. Objetivo: Investigar os limiares de audibilidade de crianças, com histórico de intoxicação por chumbo com níveis que excediam 10 μg/dl, nas freqüências de 250 a 16000 Hz. Material e Método: selecionadas 30 crianças na faixa etária de 7 a 13 anos, submetidas a anamnese, inspeção otoscópica, medidas de imitância acústica, audiometria convencional e de altas freqüências. Resultados: Pode-se verificar que os limiares auditivos apresentaram-se entre –20 e 45 dBNA, não havendo decréscimo da sensibilidade auditiva com o aumento da freqüência, na maioria da população estudada; não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes quanto à variabilidade interaural. Em relação ao nível de Pb, não houve a correlação com comprovações estatísticas, porém foram observados alguns achados de que o Pb poderia estar intervindo, pois alguns participantes em que o nível de Pb estava acima e próximo de 10 μg/dl, os limiares já se apresentavam rebaixados na audiometria convencional e/ou ocorria uma piora desses limiares na AT-AF. Conclusão: Não foi encontrada correlação significante entre a contaminação por chumbo e os limiares de audibilidade dos participantes, entretanto, o estudo sugere que a contaminação por chumbo é um fator de risco para o sistema auditivo.