Da Etnomatemática à Etnomodelagem: caminhos entre êmico e o ético em um diálogo baseado na alteridade a partir da cultura Umbundu/Bié-Angola
DOI:
https://doi.org/10.23925/2358-4122.2024v11i265466Palavras-chave:
Etnomatemática, Etnomodelagem, Ensino da Geometria Plana, Problemas isoperimétricos, OndjangoResumo
O presente artigo objetiva apresentar uma atividade conducente à promoção de um diálogo entre os saberes da cultura do povo étnico-linguístico Umbundu, que se encontra localizado no centro de Angola, na província do Bié, e os saberes acadêmicos. Busca-se promover tal diálogo por meio da Etnomodelagem, a qual se baseia na alteridade, respeito pelas diferenças e valorizações mútuas. A referida atividade consistiu-se mediante a interpretação de uma matemática tácita, atrelada à prática cultural, a qual foi alvo de uma releitura com base na Matemática acadêmica. Os resultados revelam o potencial de processo de ensino e aprendizagem que dialoga com as diferentes culturas, opondo-se à perspectiva epistemológica eurocêntrica baseada em uma racionalidade única e totalitária. Por fim, registra-se que investir no desenvolvimento de atividades dessa natureza contribuem para a interlocução entre o saber escolar e o saber cultural.
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