A tecnologia digital como estruturadora do pensamento geométrico<br>Digital Technology structuring of geometric thinking

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2020v22i1p444-461

Palavras-chave:

Tecnologia Digital, Pensamento Geométrico, Geometria Dinâmica

Resumo

O presente artigo trata de uma análise do ambiente de geometria dinâmica (GDE) como um possível recurso estruturador do pensamento geométrico a partir da construção de applets dos pontos notáveis da figura triângulo. A atividade foi realizada com estudantes do curso de licenciatura em matemática. De forma qualitativa e exploratória, fundamentada na teoria da gênese instrumental e em autores que tratam do tema da incorporação da tecnologia digital[1], buscam-se evidências das mudanças ocorridas neste pensamento impulsionadas por esta tecnologia. A pesquisa sugere que existem fortes indícios de que a forma de pensar é alterada pelo uso, e que a partir deste uso melhora-se a capacidade em tarefas nas quais não se utiliza esta tecnologia.

This article deals with an analysis of the dynamic Geometry Environment (GDE) as a possible resource structuring of geometric thinking from the construction of applets of the notable points of the triangle figure. The activity was performed with students of the undergraduate course in mathematics. In an exploratory manner, based on the theory of instrumental genesis and in authors dealing with the theme of the incorporation of digital technology, there is evidence of the changes that occurred in this thought driven by such technology. The research suggests that there are strong indications that the way of thinking is altered by use, and that from that use improves the capacity in tasks in which this technology is not used.


[1] Aqui utilizamos como “tecnologia digital para o ensino”.

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Biografia do Autor

Margarete Farias Medeiros, IFC- Instituto Federal Catarinense UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Ciências, com habilitação em Matemática pela Universidade do Extremo Sul Catarinense -UNESC (1989), Especialização em Ensino de Matemática pela UNESC (1991) e Mestrado em Ensino de Matemática pela UFRGS (2012). Doutoranda do Programa Informática na Educação (UFRGS). Trabalha como professora no Instituto Federal Catarinense - Campus Sombrio, no curso superior de Licenciatura em Matemática, nas disciplinas de Educação Matemática e Tecnologias, Laboratório de prática de ensino-aprendizagem I e II, Pesquisa em Educação, Concepções em Educação Matemática e no Ensino Médio, Matemática. Membro do Colegiado de Curso de Licenciatura em Matemática, da Comissão Permanente de Avaliação de Projetos e do Núcleo Docente Estruturante do Curso Superior de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal Catarinense, Campus Sombrio.Tem experiência na área de Educação Matemática, Matemática e Ciências. Trabalhou como professora em cursos de pós-graduação em Educação Matemática pela FUCAP. Foi Tutora Exerna no curso de Educação a Distância em Licenciatura em Matemática pela UNIASSELVI. Foi membro do Conselho Municipal de Educação do município de Sombrio-SC. Foi membro do comitê científico da Feira Catarinense de Matemática.

Marcus Basso, UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Com graduação em Matemática (1985), mestrado em Psicologia do Desenvolvimento (1996) e doutorado em Informática na Educação (2003) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, é professor associado do Instituto de Matemática e Estatística da UFRGS. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Tecnologia Digitais e Aprendizagem em Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologias digitais na Educação Matemática, psicologia cognitiva e formação de professores nos Programas de Pós-graduação em Ensino de Matemática e Informática na Educação da UFRGS. Atualmente coordena o Centro de Formação Continuada de Professores da UFRGS e o Programa de Pós-graduação em Ensino de Matemática.

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Publicado

2020-01-31

Edição

Seção

Artigos