A educação algébrica e a resolução de problemas numéricos no 6º. ano do ensino fundamental: prelúdio ao pensamento algébrico<br>Algebraic education and numerical problem solving not 6th. grade elementary school: prelude to algebraic thinking

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-3156.2019vol21i3p143-166

Palavras-chave:

Pensamento algébrico, sequência didática, educação algébrica, didática da matemática.

Resumo

Analisamos neste artigo, recorte de uma pesquisa maior, as contribuições, condições e restrições para a implementação de uma Sequência Didática elaborada para o ensino de números naturais, visando o desenvolvimento do pensamento algébrico. Compreendeu oito momentos didáticos e as experimentações se deram em uma escola pública estadual baiana, com 111 alunos do 6º. Ano do Ensino Fundamental. Resultados apontam que o pensar algebricamente se manifesta principalmente ao manipular objetos desconhecidos de forma analítica como se fossem conhecidos e na capacidade de estabelecer relações entre os dados de um problema, significando-os. As atividades e sua condução didática, explorando variados registros de representação, contribuíram para a promoção do conhecimento e o enriquecimento didático da educação algébrica.

We analyze in this article, clipping of a larger research, the contributions, conditions and restrictions for the implementation of a Didactic Sequence elaborated for the teaching of natural numbers, aiming at the development of algebraic thinking. It comprised eight didactic moments and the experiments took place in a state public school in Bahia, with 111 students from the 6th grade. Results indicate that thinking algebraically manifests itself mainly by manipulating unknown objects analytically as if they were known and in the ability to establish relationships between the data of a problem. The activities and their didactic conduction, exploring varied records of representation, contributed to the promotion of knowledge and the didactic enrichment of algebraic education.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Marcia Azevedo Campos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB

Professora da Educação Básica desde 1991 e do Ensino Superior, desde 2003, na área de Matemática e Educação Matemática; Mestre em Educação Matemática (UESC/2015); Doutora em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA/2019)

Luiz Márcio Santos Farias, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Professor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos (IHAC - UFBA), da Faculdade de Educação (UFBA) e do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da UFBA/UEFS, do qual foi coordenador de 2014 a 2016 e de 2016 a 2018. Graduado em Matemática (UFBA/UCSAL), Pós-graduado em Didática e Metodologia do Ensino Superior(EEAB), Mestre(UJF-França) e Doutor (UM2-França) em Didática das Ciências e Matemática. Tem experiência na área de Didática das ciências em particular em Environnement Informatique d'Apprentissage Humain (EIAH), com ênfase em Formação de professores. 

Referências

ALDRINI, A.; VASCONCELOS, M. J. Praticando Matemática. 6º. Ano. Editora do Brasil: São Paulo, 2015.

ALMEIDA, J. R. Níveis de desenvolvimento do pensamento algébrico: um modelo para os problemas de partilha de quantidade. 2016.Tese (Doutorado em Educação Matemática e Tecnológica). Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

ALMOULOUD, S. Fundamentos norteadores das teorias da Educação Matemática: perspectivas e diversidade. Amazônia - Revista de Educação em Ciências e Matemática, Pará, v.13, n. 27, 2017, p. 05-35.

ARTIGUE, M. Engenharia Didática. In: BRUN, J. (org.) Didáctica das Matemáticas. Lisboa: Instituto Piaget, 1996, p. 193-217.

BESSOT, A. Panorama del quadro teorico della didattica matematica in Francia. L'educazione matematica, Italie, Anno XV, Serie IV, v.1, n.1, 1994.

BLANTON, M.; KAPUT, J. Characterizing a classroom practice that promotes algebraic reasoning. Journal for Research in Mathematics Education, v. 5, n. 36, 2005, p. 412-446.

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 1994.

BOSH, M., CHEVALLARD, Y. La sensibilité de l’activité mathématique aux ostensifs. Objet d’estude et problematique. Recherches em Didactique des Mathématiques. Grenoble: La Pensé Sauvage-Éditions, v. 19, n. 1, 1999, p. 77-124.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais (5ª a 8ª Séries) Matemática. Brasília, DF: 1998.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Base Nacional Curricular Comum para o Ensino Fundamental (versão final). Brasília, DF: 2017.

CAMPOS, M. A. Construindo significados para o x do problema. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus.

CARRAHER, D. W.; SCHLIEMANN, A. D. Early algebra and algebraic reasoning. In: LESTER, F. (Ed.). Second handbook of mathematics teaching and learning. Greenwich: Information Age Publishing, 2007, p. 669-705.

CARRAHER, D. W.; MARTINEZ, M. V.; SCHLIEMANN, A. D Early algebra and mathematical generalization. ZDM – The International Journal on Mathematics Education, v. 40, p. 3-22, 2008.

CHEVALLARD, Y. La Transposicion Didactica: Del saber sabio al saber enseñado. Argentina: La Pensée Sauvage, 1991.

______. Les processus de transposition didactique et leur théorisation. In: ARSAC, G. et al. La transposition didactique à l’épreuve. Grenoble: La Pensée Sauvage, 1994.

______. L’analyse des pratiques enseignantes en théorie anthropologique du didactique. Recherche en Didactique des Mathématiques, v. 19, n. 2, 1999, p. 221-266.

______ . Organiser l’étude. Ecologie & regulation. Actes de la École d’Éte de Didactique des Mathématiques. France: La Pensée Sauvage, 2002, p. 41-55.

CHEVALLARD, Y. BOSCH, M. GASCÓN, J. Estudar matemáticas: o elo perdido entre o ensino e a aprendizagem. Tradução: Daisy Vaz de Moraes, Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

DA ROCHA FALCÃO, J. T. A álgebra como ferramenta de representação e resolução de problemas. In; SCHILLIEMAN, A. D. et al. (Org.). Estudos em Psicologia da Educação Matemática. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 1993.

DUVAL, R. Registros de representações semióticas e funcionamento cognitivo da compreensão matemática. In: MACHADO, S. D. A. (Org.) Aprendizagem em matemática: registros de representação semiótica. Campinas: Papirus, 2003, p.11-33.

______ . Semiósis e pensamento humano: Registros semióticos e aprendizagens intelectuais (Fascículo I). Tradução de Lênio Fernandes Levy e Marisa Rosâni Abreu da Silveira. São Paulo: Livraria da Física, 2009.

¬¬¬______ . Ver e ensinar a matemática de outra forma: entrar no modo matemático de pensar os registros de representações semióticas. Organização Tânia M. M. Campos. Tradução Marlene Alves Dias. São Paulo: PROEM, 2011.

HENRIQUES, A.; ALMOULOUD, S. A. Teoria dos registros de representação semiótica em pesquisas na Educação Matemática no Ensino Superior: uma análise de superfícies e funções de duas variáveis com intervenção do software Maple. Ciência e Educação. v. 22, n. 2, 2016, p. 465-487.

KAPUT, J. Transforming algebra from an engine of inequity to an engine of mathematical power by “algebrafying” the K–12 curriculum. In: FENNELL, S. (Ed.). The nature and role of algebra in the K–14 curriculum: Proceedings of a national symposium. Washington, DC: National Research Council, National Academy Press, 1998, p. 25-26.

______ . Teaching and learning a new algebra. In: FENNEMA, E; ROMBERG, T.A. (Eds.). Mathematics classrooms that promote understanding. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum. 1999.

______ . Teaching and learning a new algebra with understanding. National Center for Improving Student learning & Achievement in Mathematics & Science, 2000.

LINS, R. C. O Modelo dos Campos Semânticos: estabelecimentos e notas de teorizações. In: ANGELO, C. L. et. al. (Ogs) Modelo dos Campos Semânticos e Educação Matemática. São Paulo: Midiograf, 2012.

ONUCHIC, L. de la R.; ALLEVATO, N. S. G. Proporcionalidade através da Resolução de Problemas no Curso Superior de Licenciatura em Matemática. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 6., 2015, Pirenópolis. Anais... Goiânia: UFG, 2015.

RADFORD, L. Algebraic thinking and the generalization of patterns: a semiotic perspective. In: North America Conference of the International Group of Psychology of Mathematics Education – PME. Bergen University College. v. 1, 2006.

______ . Signs, gestures, meanings: Algebraic thinking from a cultural semiotic perspective. In: SIXTH CONGRESS OF THE EUROPEAN SOCIETY FOR RESEARCH IN MATHEMATICS EDUCATION. Anais… Lyon – França, 2009.

Downloads

Publicado

2019-12-20

Edição

Seção

Finalizada - Educação Algébrica