Gênero e alteridade no nacionalismo irlandês

Autores

  • Raimundo Expedito dos Santos Sousa Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2017i18p228-248

Palavras-chave:

nacionalismo irlandês, Gênero, Mulheres

Resumo

O anticolonialismo irlandês pautou-se na maximização de fronteiras de gênero com vistas a acentuar a hombridade dos homens gaélicos em face de sua feminização por um colonialismo que se legitimava ao generizar o liame entre Inglaterra e Irlanda inscrevendo o império no registro masculino e a colônia no feminino. Mediante pesquisa em fontes primárias, investigamos as implicações dessa contraposição na representação de mulheres subversivas que desafiavam uma matriz de gênero dual em que a masculinidade se definia em relação oposicional e complementar com a feminilidade. Tanto as feministas, que antepunham sua agenda à do nacionalismo, quanto as republicanas, que defendiam a nação antes com o rifle do que com o rosário, quanto, eram alterizadas pela intelligentsia nacionalista como aberrações de gênero em descrições caricaturais cujo escárnio mal escamoteava o temor de sua capacidade disruptiva desestabilizar as balizas de gênero que sustentavam o projeto de remasculinização nacional.

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Biografia do Autor

Raimundo Expedito dos Santos Sousa, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando em Teoria da Literatura e Literatura Comparada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG); mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), com financiamento da Capes/REUNI.

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Publicado

2017-07-06

Como Citar

Sousa, R. E. dos S. (2017). Gênero e alteridade no nacionalismo irlandês. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (18), 228–248. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2017i18p228-248

Edição

Seção

Ensaios Literários