A (re)escrita das narrativas negras nas bordas da Semana de 22:
Emicida: Amarelo - É tudo pra ontem
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2022i29p38-51Palabras clave:
Emicida, Amarelo, Semana de Arte Moderna, Narrativa audiovisual, Reescrita da história negraResumen
Busca-se, neste artigo, analisar a narrativa audiovisual “Emicida: Amarelo – é tudo pra ontem” (2020) como parte de um material crítico que possibilita reflexões sobre a Semana de Arte Moderna a partir da perspectiva do indivíduo negro inserido na sociedade contemporânea. Nesse documentário, gravado no Theatro Municipal de São Paulo, Emicida reescreve a história negra no Brasil, utilizando-se de imagens fragmentadas do passado e do presente, expandido ainda os modos de se compreender a Semana de 22. Sendo assim, este artigo almejará entender aspectos da narratividade negra contemporânea a partir das bordas da Semana de Arte Moderna, por meio de algumas reflexões de Achille Mbembe (2018), sobre a força da criatividade negra em meio a um cenário de catástrofes, de Angélica Melendi (2017), a respeito das estratégias artísticas em momentos de barbárie, e de Walter Benjamin (2012), Jeanne Marie Gagnebin (2018) e Márcio Seligmann-Silva (2008) acerca da reescrita da história e da narração de experiências traumáticas.
Descargas
Métricas
Citas
AMARELO: EMICIDA – É TUDO PRA ONTEM. Direção de Fred Ouro Preto. Netflix/Laboratório Fantasma. São Paulo: 2020. [Original Netflix]. (89 minutos) colorido.
ANDRADE, M. de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.
ANDRADE, M. de. Prefácio Interessantíssimo. In: ANDRADE, M. de. Poesias completas. Edição Crítica de Diléa Zanotto Manfio. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1987.
ANDRADE, O. de. Manifesto Antropófago. In: ANDRADE, O. de. A utopia antropofágica. São Paulo: Globo: Secretária do Estado e da Cultura, 1990. p. 41 – 55.
BENJAMIN, W. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, W . Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura (Obras escolhidas I). Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012. p. 213-240.
BENJAMIN, W. Sobre o conceito de história. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura (Obras escolhidas I). Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012. p. 241-252.
CAMPOS, D. M. C. de. Apresentação da obra Crítica da razão negra. 2018. (135m 10s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=keT3x1XLwsE. Acesso em: 6 set. 2022.
CRIOLO. Etérea. 2019. (4 min. 12 seg.). Disponível em: http://www.criolo.net/eterea/. Acesso em: 6 set. 2022.
GAGNEBIN, J. M. Walter Benjamin ou a história aberta. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura (Obras escolhidas I). Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012. p. 7-20.
GAGNEBIN, J. M. Walter Benjamin: cacos da história. Tradução de Sônia Salzstein. São Paulo: n-1 Edições, 2018.
GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências Sociais Hoje, São Paulo, v.2, n.1, p. 223-224, 1984.
MBEMBE, A. Necropolítica. Tradução de Renata Santini. São Paulo: n-1 edições, 2011.
MBEMBE, A. Crítica da razão negra. Tradução de Sebastião Nascimento. São Paulo: n-1 edições, 2018.
MELENDI, M. A. Estratégias da arte em uma era de catástrofes. Rio de Janeiro: Cogobó, 2017.
SANTIAGO, S. O entre-lugar no discurso latino-americano. In: SANTIAGO, S. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 9-26.
SELIGMANN-SILVA, M. Narrar o trauma: a questão dos testemunhos de catástrofes históricas. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 65-82, 2008.
VALÉRY, P. Variedades. Tradução de Maíza Martins de Siqueira. São Paulo: Iluminuras, 2007.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 FronteiraZ. Revista del Programa de Estudios Posgrado en Literatura y Crítica Literaria
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.