A representatividade de mulheres negras na literatura brasileira
uma leitura de cordéis de Jarid Arraes
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2023i31p5-25Palabras clave:
Escrita de mulheres, Representação, Heroínas negras, Protagonismo, Jarid ArraesResumen
Este estudo tem como objetivo analisar dois cordéis, integrados na obra Heroínas negras brasileiras 15 cordéis, da autora Jarid Arraes, que trazem um contra-discurso aos papéis inferiores dados a duas mulheres negras na literatura brasileira, a saber, Carolina Maria de Jesus e Maria Firmina dos Reis. Nessa obra, Arraes (2020) desconstrói, por meio de 15 cordéis, algumas representações estereotipadas a que foram associadas as mulheres na literatura, recorrendo ao viés do protagonismo feminino negro. A perspectiva de análise desta pesquisa foi conduzida com base na teoria da interseccionalidade proposta por Collins e Bilge (2020), e essa fundamentação teórica é apoiada em reflexões propostas por Zolin (2009), Evaristo (2005), Perrot (2007), dentre outros. Mediante o valor artístico, social e literário que a respectiva obra apresenta, concluímos que ela pode provocar reflexões importantes sobre o apagamento e silenciamento de mulheres negras na literatura, sobretudo no âmbito escolar.
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