Reflexões sobre o envelhecimento e os processos criativos na maturidade a partir dos autorretratos de Rembrandt

Autores

  • Ledismar José da Silva Universidade Católica de Brasília (UCB).
  • Lucy Gomes Vianna Universidade Católica de Brasília (UCB).
  • Armando José China Bezerra Universidade Católica de Brasília (UCB)

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-901X.2013v16i1p77-91

Palavras-chave:

Envelhecimento, Autorretratos, Pintura.

Resumo

Feito levantamento e reflexão sobre os autorretratos de Rembrandt, artista holandês do século XVII, mostrando-o na juventude, na maturidade e na velhice. O artista fez mais de 100 autorretratos durante a trajetória de vida, que documentaram impiedosa e cruelmente o perecimento de seu corpo. A altivez e o vigor, retratados nos autorretratos da juventude, foram substituídos por qualidades adquiridas na dura caminhada pela vida. Diante da decadência da carne, desnudaram-se a paciência, a reflexão e a sabedoria. Rembrandt, na última etapa da vida, velho e pobre, continuou a trabalhar executando pinturas de grande qualidade. Com paixão e amor pelo seu trabalho, experiente e maduro, esmerou-se na técnica pictórica e produziu seus melhores quadros. A pintura foi o refúgio do artista, dando-lhe forças e ânimo, até sua morte aos 63 anos de idade. Em nossa sociedade atual, da mesma forma que ocorria na época de Rembrandt, o velho ainda é desprezado, descartado e excluído, em fase da vida na qual poderia continuar a ser útil, em decorrência dos conhecimentos e experiências adquiridos ao longo dos anos, o que o predispõe ao aparecimento de doenças, como depressão e demências. Portanto, da mesma forma que Rembrandt, os indivíduos idosos podem-se manter produtivos contribuindo ativamente para sua qualidade de vida, assim como da sociedade atual.

Biografia do Autor

Ledismar José da Silva, Universidade Católica de Brasília (UCB).

Mestrado em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília (UCB).

Lucy Gomes Vianna, Universidade Católica de Brasília (UCB).

Médica, professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília (UCB). Professora do curso de Graduação em Medicina (UCB). Professora Titular da Universidade de Brasília (UnB) (aposentada).

Armando José China Bezerra, Universidade Católica de Brasília (UCB)

Professor do Programa Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília (UCB). Professor do curso de Graduação em Medicina (UCB). Professor Titular da Universidade de Brasília (UnB) (aposentado).

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Publicado

2013-03-01

Como Citar

Silva, L. J. da, Vianna, L. G., & Bezerra, A. J. C. (2013). Reflexões sobre o envelhecimento e os processos criativos na maturidade a partir dos autorretratos de Rembrandt. Revista Kairós-Gerontologia, 16(1), 77–91. https://doi.org/10.23925/2176-901X.2013v16i1p77-91

Edição

Seção

Artigos