Aspectos sociais relacionados ao tabagismo em idosos assistidos pelo Programa de Saúde da Família.
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2014v17i3p183-199Palavras-chave:
Tabagismo, Idosos, Aspectos Sociais, Programa de Saúde da Família.Resumo
O aumento do consumo do tabaco ocorreu no séc. XX, mais difundido nas décadas de 50-60, havendo, no Brasil, decréscimo do seu uso na década de 1990. O objetivo deste estudo é investigar os aspectos sociais relacionados ao uso do tabaco em idosos e avaliar os principais fatores sociais que levaram a este hábito. Incluídos neste estudo 160 indivíduos com 60 anos ou mais, divididos em dois grupos: não tabagistas (G1) (N=80) e tabagistas (G2) (N=80), estes com história de tabagismo superior a 20 maços/ano, e que não apresentavam demência ou condições que os impossibilitassem responder aos instrumentos de coleta de dados. Todos os participantes recebiam atendimento no Programa de Saúde da Família da região do Capão Redondo, cidade de São Paulo (SP), Brasil. A média da idade foi de 66,7+ 5,95 e 67+13 anos, e a idade mínima e máxima, de 60 e 80 anos, nos G1 e G2, respectivamente. A média de moradores por residência foi de 3,45 + 1,57 e 4,6 +2,1, nos G1 e G2, respectivamente. Havia mais idosos fumantes com menor acesso a recursos financeiros e à educação, sendo o risco para um indivíduo analfabeto se tornar fumante foi significantemente maior do que para aquele portador de curso superior, também foi visto que pais e amigos que fumam foram os fatores de risco significantemente mais fortes para que os idosos tivessem começado a fumar. O tabagismo traz repercussão social importante sobre as famílias.