Cuidadores Familiares e o Envelhecimento da Pessoa com Deficiência Intelectual: Implicações na prestação de cuidados
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2015v18i3p333-352Palavras-chave:
Deficiência Intelectual, Envelhecimento, Cuidadores familiares, Gerontologia.Resumo
O envelhecimento da pessoa com Deficiência Intelectual (DI) é um fato que acompanha a crescente expectativa de vida da população em geral e, devido ao envelhecimento atípico presente nessa população, a prestação de cuidados exige um olhar diferenciado e um esforço contínuo por parte da pessoa que cuida. Este artigo descreve o perfil do cuidador familiar informal da pessoa com DI que envelhece, possibilitando uma reflexão sobre a prestação desses cuidados. Na metodologia, utilizou-se um questionário que envolve a prestação de cuidados por parte dos cuidadores familiares informais. Participaram da amostra 30 cuidadores. Os dados obtidos foram coletados no Serviço de Envelhecimento da APAE DE SÃO PAULO, entre fevereiro de 2013 e maio de 2014. Os resultados obtidos evidenciaram que a maioria das pessoas nessa fase de vida mora com os familiares, preferencialmente com a mãe com média de idade de 77 anos e, na ausência desta, a prestação desses cuidados é realizada pelo pai e/ou irmãos. Quando verificado o grau de parentesco do cuidador principal, nota-se que a mãe mantém-se como a cuidadora informal até o fim da vida, não partilhando esses cuidados com outros cuidadores formais. A partir dos resultados obtidos, é possível concluir que a arte de cuidar, exercida por cuidadores familiares informais de pessoas com DI, que envelhecem, instiga o envolvimento multiprofissional, e sugere a realização de novas pesquisas que considerem essas diferenças e peculiaridades presentes em tal perfil populacional.