Fármacos e Doenças Crônicas em idosos hipertensos e/ou diabéticos praticantes de exercícios físicos
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2016v19iEspecial22p387-401Palavras-chave:
Idoso, Exercício, Doença Crônica, Uso de medicamentos.Resumo
O objetivo foi analisar a incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e a utilização de fármacos em idosos hipertensos e/ou diabéticos praticantes regulares de exercício físico. Como método, o estudo de campo, epidemiológico e transversal sobre DCNT e a utilização de fármacos em indivíduos com 60 anos ou mais de idade, praticantes regulares de exercício físico e diagnosticados com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e/ou Diabetes Mellitus (DM). Avaliaram-se 223 idosos, sendo 14,8% (n=33) do sexo masculino e 85,2% (n=190) do sexo feminino. A idade média foi de 69,8±6,9 anos. Em relação à frequência semanal dos exercícios, observou-se que 57,8% os praticavam de 1 a 2 vezes por semana; 33,6%, de 3 a 4 vezes; e 8,5%, de 5 a 7 vezes na semana. Quanto ao uso de fármacos, 142 tipos foram relatados, dentre estes, destacaram-se os anti-hipertensivos, hipolipemiantes, antidepressivos, psicotrópicos cerebrais, hipoglicemiantes e supressores de absorção óssea. Dentre as DNCT investigadas, destacaram-se o DM, a HAS, as dislipidemias e o hipotireoidismo. Na correlação entre o tempo de exercício físico e o número de fármacos pôde-se observar forte correlação estatística (r=0,0848), enquanto para as DCNT, esta correlação foi moderada (r=0,0593). Concluiu-se que, com o envelhecimento, observa-se um aumento da prevalência de DCNT, uma diminuição da prática de exercício físico, e um aumento no consumo de fármacos. Foi demonstrada uma maior adesão do sexo feminino na prática de exercício físico, mas quanto maior a idade, menor a adesão, e que os idosos praticantes de exercício físico por mais tempo consumiam menos fármacos e apresentavam menos DCNT.