Capacitação, conhecimentos e crenças de médicos da Atenção Primária à Saúde relacionados ao envelhecimento

Autores

  • Aila Davis Fanstone Pina Vieira Mestrado em Gerontologia. Universidade Católica de Brasília, UCB/DF, Brasília, DF, Brasil.
  • Lucy de Oliveira Gomes Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia, UCB. Brasília (DF). Brasília, DF, Brasil.
  • Clayton Franco Moraes Curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília, UCB e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Médicas, da UCB e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da UCB.
  • Otávio Toledo Nóbrega Ciências Biológicas. Doutor em Patologia Molecular. Pós-Doutorado Sênior, USP. Professor-Associado, Universidade de Brasília, UnB.

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-901X.2019v22i1p329-352

Palavras-chave:

Médicos de Atenção Primária, Idoso, Capacitação profissional.

Resumo

O aumento da população idosa, com os complexos problemas de saúde que a envolvem, evidencia a necessidade do uso da Atenção Primária à Saúde (APS), que deve ser a porta de entrada para a atenção à saúde dos idosos. Espera-se que a APS exerça ações curativas e, principalmente, de prevenção e promoção à saúde para este grupo etário.  O objetivo deste estudo foi avaliar, em 49 médicos que atuam na APS de Anápolis, estado de Goiás, a formação profissional na área do envelhecimento, os conhecimentos básicos sobre a velhice e as crenças relacionadas aos idosos. Foram aplicados os seguintes questionários: formação acadêmica na área do envelhecimento; Questionário Palmore-Neri-Cachioni, a fim de avaliar os conhecimentos básicos sobre a velhice; e Escala de Neri, para verificar as crenças relacionadas aos idosos. Os médicos mostraram carecer de formação acadêmica e conhecimentos básicos na área gerontológica. Entre eles, 22,4% deles não cursaram a disciplina Geriatria e Gerontologia na graduação, 71,4% não tinham qualquer tipo de especialização, 91,8% não fizeram residência médica. Nos últimos cinco anos, somente 38,8% participaram de cursos de Geriatria e Gerontologia, 10,2% fizeram pesquisa na área, e 59,2% leram algum artigo sobre envelhecimento. Na avaliação dos conhecimentos básicos sobre a velhice, os maiores números de acertos, 91,8% e 83,7%, surgiram nas duas questões que tratam de aspectos físicos do envelhecimento. A questão que recebeu menor número de acertos (6,1%) aborda o aspecto social do envelhecimento; e as duas questões que tratam de aspectos psicológicos tiveram menos de 20% de acertos. Quanto às crenças relacionadas à velhice, a tendência geral das respostas foi negativa. O domínio com avaliação mais positiva foi Agência e o com avaliação mais negativa foi Relacionamento Social. O item com crença mais positiva foi o relacionado à sabedoria. Concluiu-se que é necessária educação continuada para os médicos que atuam na APS, focada nos diferentes aspectos do envelhecimento, incluindo os psicossociais, assim como a adoção de crenças positivas relacionadas aos idosos.

 

Biografia do Autor

Aila Davis Fanstone Pina Vieira, Mestrado em Gerontologia. Universidade Católica de Brasília, UCB/DF, Brasília, DF, Brasil.

Graduação em Medicina. Especialista em Medicina de Família e Comunidade. Mestrado em Gerontologia em andamento, UCB/DF, Brasília, DF, Brasil.  

Lucy de Oliveira Gomes, Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia, UCB. Brasília (DF). Brasília, DF, Brasil.

Graduação em Medicina. Mestrado em Medicina Tropical. Doutorado em Fisiologia. Prof. Adjunto, Universidade Católica de Brasília, UCB. Professora da Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia, UCB. Brasília (DF). Brasília, DF, Brasil.

 

Clayton Franco Moraes, Curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília, UCB e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Médicas, da UCB e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da UCB.

Graduação em Medicina. Mestrado em Gerontologia. Doutorado em Ciências Médicas. Pós-Doutorado, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Professor Adjunto A, de Urologia da Universidade de Brasília, UnB. Docente do Curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília, UCB e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Médicas, da UCB e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da UCB.

 

Otávio Toledo Nóbrega, Ciências Biológicas. Doutor em Patologia Molecular. Pós-Doutorado Sênior, USP. Professor-Associado, Universidade de Brasília, UnB.

Graduado em Ciências Biológicas. Doutor em Patologia Molecular. Pós-Doutorado Sênior, USP. Professor-Associado, Universidade de Brasília, UnB.

 

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Publicado

2019-03-30

Como Citar

Vieira, A. D. F. P., Gomes, L. de O., Moraes, C. F., & Nóbrega, O. T. (2019). Capacitação, conhecimentos e crenças de médicos da Atenção Primária à Saúde relacionados ao envelhecimento. Revista Kairós-Gerontologia, 22(1), 329–352. https://doi.org/10.23925/2176-901X.2019v22i1p329-352

Edição

Seção

Artigos