O estado da morte e a pandemia do COVID-19: desdobramentos de um serviço de apoio à pessoa idosa no município de Irati, PR
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2020v23i0p627-645Palavras-chave:
Necropolítica, Pessoa idosa, Pandemia, Covid-19, Invisibilidades.Resumo
O presente relato de experiência tece reflexões sobre o modus operandi de um serviço de apoio à pessoa idosa de um município do interior do estado do Paraná. As reflexões estão descritas sob a luz do ideário neoliberal numa perspectiva dialética, procurando trazer apontamentos sobre o que refletir acerca do que escapa aos olhos e que influencia sobremaneira as demandas que nos chegam, enquanto trabalhadores da secretaria de assistência social. O percurso metodológico foi acompanhado através do relato de experiência num determinado período temporal, cujas queixas apresentadas pelos idosos fizeram (re)pensar o serviço e seus pressupostos iniciais, compreendendo que a dimensão de apoio está estritamente ligada à dimensão de acolhimento para a garantia dos seus direitos. As percepções iniciais apresentadas fazem uma correlação com o estado de morte e apontam para a constituição de um estado de invisibilidades das populações vulneráveis, com foco aqui na população idosa.