A velhice imaginária a partir da cultura cigana no município de Irati, Paraná
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2021v24iEspecial31p29-57Palavras-chave:
velho imaginário; curso de vida; etnia cigana.Resumo
O presente estudo descreve e interpreta, a partir do conceito de cultura, o discurso de três ciganas, residentes no Município de Irati, Estado do Paraná, sobre a percepção de aspectos do próprio curso de vida, ora fortalecido, ora enfraquecido, pela figura do velho cigano. Nos procedimentos metodológicos, com base na perspectiva da pesquisa qualitativa, utilizou-se a entrevista, apoiada em um questionário semiestruturado, e o diário de campo, como instrumentos de coleta de dados. Consideramos que o trabalho de campo possibilitou registrar, compreender e refletir sobre o velho no imaginário das ciganas e identificar questões a respeito das dimensões do curso de vida deste grupo étnico; desvelou a figura do velho assumindo um papel de destaque independentemente de ser homem ou mulher e, também, a imagem da velhice desassistida no contexto dos acampamentos, onde há extrema vulnerabilidade e precariedades da qualidade de vida, da coletividade e do poder público.
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