Da escrita do “noante”: morte e (meta)ficção em Fazes-me falta
Palavras-chave:
Inês Pedrosa, metaficção, morte, romance contemporâneo português.Resumo
Este trabalho consiste na investigação do romance contemporâneo, Fazes-me falta (2010), de Inês Pedrosa. Compreendemos que, por meio da metaficção, cuja origem e fim é a própria linguagem literária autoconsciente, é instituída uma dupla – e também ambígua – noção de morte, sob a qual se baseia todo o arcabouço discursivo do livro. Por isso, seguiremos as chaves crítico-teóricas apresentadas por Hutcheon (1984), sobre “mímese do processo” deflagrada pela escrita metaficcional; Arnaut (2002), quanto ao esgarçamento entre as fronteiras de “realidade”/“ficção” na literatura contemporânea; e Bernardo (2010), no que diz respeito ao “destino” dos textos que, fadados a serem, para si mesmos, fonte originária, consubstanciam-se, concomitantemente, em abismo mortal, ou ciclo sem fim.Downloads
Publicado
2016-12-29
Edição
Seção
Artigos