Conflitualidade entre comunicação individual pessoal e autocontrole da privacidade

Autores

  • Victor Correia Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Palavras-chave:

Comunicação, Privacidade, Voluntária, Involuntária, Conflito

Resumo

Historicamente a privacidade é encarada como garantia da liberdade de consciência, que se concretiza através do facto do indivíduo ter a sua própria privacidade. Esta tem portanto um valor instrumental, ao serviço da liberdade. Por outro lado, a privacidade tem também um valor instrumental, dado que a privacidade pode também ser revelada no espaço público, e para isso é necessário que exista liberdade de comunicação, sob o ponto de vista social e político, como condição extrínseca da revelação da privacidade. Todavia, a privacidade pode também revelar-se na ausência de uma liberdade, enquanto condição intrínseca ao próprio indivíduo, em determinadas situações do ato da comunicação. Neste artigo analisamos estas situações, comparando entre comunicação voluntária e comunicação involuntária da privacidade, feitas pelo próprio indivíduo, e salientamos o conflito que existe devido ao facto de a privacidade ser comunicada involuntáriamente, o indivíduo desejar que isso não lhe aconteça, e não o conseguir.

Biografia do Autor

Victor Correia, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Graduação em Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal); Pós-Graduação em Formação Educional, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal); Mestrado em Estética e Filosofia da Arte, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal); Doutorado em Filosofia Política e Jurídica, na Universidade da Sorbonne (Paris); Pós-Doutorado em Ética e Filosofia Política, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; Tem diversos artigos e alguns livros publicados; Tem exercido funções de docência na sua área de formação.

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Publicado

2014-09-03

Edição

Seção

Artigos