De Plutarco a Lacan: uma discussão entre as modalidades de fala e a Psicanálise

Autores

  • Manoel Tosta Berlinck PUCSP
  • Laerte Alves De Paula PUCSP

Resumo

Este artigo parte de uma ocorrência enigmática vivida em contexto clínico para elencar algumas perspectivas sobre as funções da fala no sujeito humano. Percorrendo apontamentos que remontam desde Plutarco, passando pelas implicações que a teoria freudiana trouxe para a reflexão sobre a linguagem e as teorizações de Lacan sobre a fala, vislumbraremos este recurso humano em sua faceta múltipla: como instrumento de demanda, rivalização e defesa junto ao Outro.

A leitura que Freud faz da chamada experiência de satisfação, momento paradigmático cuja marca deixada traz consequências decisivas para a constituição psíquica, é tomada como ponto de partida para uma reflexão sobre como o uso da fala acompanha as diferentes etapas de subjetivação da experiência com o objeto perdido: entre sê-lo, tê-lo, perdê-lo, buscar reencontrá-lo, a fala diz tanto da relação de desejo com esta busca quanto dos temores suscitados pelo desamparo da queda que a funda.

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Publicado

2016-06-28