A SEXUALIDADE FEMININA CONTEXTUALIZADA NO FILME “THE WITCH”

Autores

  • João Paulo Zerbinati Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Araraquara
  • Maria Alves de Toledo Bruns Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto-SP, USP e Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara-SP, UNESP.

Resumo

“The Witch” é uma produção cinematográfica de estilo suspense e
terror. Lançada no Brasil em 2016, dirigida e roteirizada por Robert
Eggers, traz uma história que se passa na Inglaterra no ano de 1630 e
tem como trama principal o jogo da perversidade entre o poder
demoníaco e a figura da bruxa. Mesmo tendo como enfoque
comercial a produção de terror pode ser analisado enquanto
correspondente histórico e psicossocial, trazendo uma válida
discussão sobre a sexualidade feminina. As Bruxas na idade média
foram expulsas do paraíso pelo cristianismo arcaico por destoarem
dos conceitos patriarcais que pré-determinavam os comportamentos
humanos da época. Hoje, mesmo em tempos de pós-modernidade, a
vivência da sexualidade ainda apresenta ranços do puritanismo em
nível social, causando angústia ao desenvolvimento psicossexual,
oportunizando para a discussão da sexualidade e sua relação entre o
desenvolvimento saudável e psicopatológico.

Biografia do Autor

João Paulo Zerbinati, Faculdade de Ciências e Letras, UNESP-Araraquara

Psicólogo. Mestrando do programa de pós-graduação em
Educação Sexual pela Faculdade de Ciências e Letras da
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
(UNESP- Araraquara). Membro do Grupo de Pesquisa
SexualidadeVida USP/CNPq.

Maria Alves de Toledo Bruns, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto-SP, USP e Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara-SP, UNESP.

Docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em
Psicologia do Departamento de Psicologia da Faculdade de
Ciência e Letras da Universidade de São Paulo (USP-Ribeirão
Preto) e do Programa de Pós-Graduação em Educação Sexual da
Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP- Araraquara). Líder
do Grupo de Pesquisa Sexualidadevida-USP/CNPq.

Referências

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Publicado

2016-06-29