Repensando Matrix como metáfora do real em que estamos imersos
DOI:
https://doi.org/10.23925/2175-7291.2018v10i2p43-60Palavras-chave:
Metáfora, Realidade, LiberdadeResumo
The Matrix (1999) é uma produção cinematográfica que narra a trajetória de um cibercriminoso que, ao se libertar de uma realidade ilusória forjada computacionalmente, se depara com as consequências dos excessos praticados pela humanidade, que perdeu o controle do desenvolvimento da inteligência artificial e destruiu o ecossistema planetário, levando-o a desenvolver suas habilidades e a lutar pela libertação dos demais seres humanos. Com base nos conceitos semióticos peirceanos de signo, as diferenças entre seus tipos de objetos e os interpretantes específicos que são gerados, bem como no quadro de relações sociais intersubjetivas analisado em termos psicanalíticos por Fromm, o presente artigo busca mostrar que, de maneira metafórica, The Matrix mostra um contexto individual e coletivo que é muito mais real do que parece, e que igualmente aponta uma saída pouco óbvia para o sujeito, mas que pode valer a pena percorrer.
Referências
BAUDRILLARD, Jean. Simulacro e simulação. Lisboa: Relógio d'água, 1991 [1981].
BAUDRILLARD, Jean. The Matrix decoded: Le Nouvel Observateur interview with Jean Baudrillard [2003]. Aude Lancelin (interviewer). Translated from French by Gary Genosko and Adam Bryx. International Journal of Baudrillard Studies. Vol. 1, n. 2, July 2004. Disponível em (acesso 14/12/2018): < https://www2.ubishops.ca/baudrillardstudies/vol1_2/genosko.htm>
FROMM, Erich. Do ter ao ser: Caminhos e descaminhos do autoconhecimento. Obras póstumas, vol. 1. Rainer Funk (ed.). Trad. Lucia H. S. Barbosa. São Paulo: Manole, 1992 (a).
FROMM, Erich. A descoberta do inconsciente social: Contribuição ao redirecionamento da psicanálise. Obras póstumas, vol. 3. Rainer Funk (ed.). Trad. Lucia H. S. Barbosa. São Paulo: Manole, 1992 (b).
JUNGK, Isabel. Signos do consumo e a insatisfação do sujeito: Interfaces entre semiótica e psicanálise. A ser publicado, 2018.
IRWIN, William (org.). Matrix: Bem-vindo ao deserto do real. Trad. Marcos Malvezzi Leal. São Paulo: Madras, 2005 [2002].
PEIRCE, Charles Sanders. The Collected Papers of Charles Sanders Peirce. Cambridge, MA: Harvard University Press. Vols.1-6: C. Hartshorne; P. Weiss; A. W. Burks (Eds.)., 1931-1935. Vols.7-8: Arthur W. Burks (Ed.), 1958. (Citado como CP, seguido do número do volume, ponto, número do parágrafo e antecedido pelo ano do manuscrito).
SANTAELLA, Lucia. A teoria geral dos signos: Como as linguagens significam as coisas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2000.
SANTAELLA, Lucia. Semiótica Aplicada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. Trad. Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. São Paulo: Ed. Cultrix, 2006 [1916].
SILVEIRA, Lauro Frederico Barbosa da. Semiótica peirceana e produção poética. Revista Trans/Form/Ação, São Paulo: v.6, p.13-23, 1983. Disponível em (acesso 14/12/2018): http://www.scielo.br/pdf/trans/v6/v6a03.pdf
WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. Wikipedia: Lilly e Lana Wachowski. Editado pela última vez em 06/08/2018 (a). Disponível em (acesso 09/12/2018): <https://pt.wikipedia.org/wiki/lilly_e_lana_wachowski>
WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. Wikipedia: Matrix. Editado pela última vez em 25/11/ 2018 (b). Disponível em (acesso 09/12/2018): <https://pt.wikipedia.org/wiki/Matrix>
ZIZEK, Slavoj Matrix ou os dois lados da perversão. In Matrix: Bem-vindo ao deserto do real. William Irwin (org.). Trad. Marcos Malvezzi Leal. São Paulo: Madras, 2005 [2002].
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).