Do Surrealismo ao New Queer Cinema
experimentalismos oníricos na contramão da repressão sexual
DOI:
https://doi.org/10.23925/lf.v16i1.66313Palavras-chave:
Surrealismo, psicanálise, cinemaResumo
Estendendo-se da literatura à fotografia e às artes plásticas e, mais tardiamente, ao cinema, o surrealismo revolucionou de maneira impressionante a linguagem clássica das artes. De fato, como se sabe, desde os alvores do século passado, o movimento introduziu seus singulares métodos de montagem e sua filosofia própria nas estruturas narrativas desses diferentes domínios estéticos, em honra do reconhecimento das manifestações do inconsciente. Diante disso, o objetivo do presente artigo é não apenas reapresentar o movimento, em sua conexão com a psicanálise, mas valer-se da própria revolução psicanalítica, com sua teorização da ambiguidade sexual, para examinar a questão dos gêneros e das posições sexuais no seio de uma cinematografia de risco mas não obstante marcada pela assinatura masculina e pela cisheteronormatividade.
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