Ideação Suicida: Manejo na Clínica Psicanalítica
Palabras clave:
Ideação Suicida, Psicanálise, Manejo clínico.Resumen
A ideação suicida é entendida como uma representação mental que pensa e planeja o ceifar da própria vida, sem, contudo, concluí-lo. Essa temática tem apresentado questões que merecem a atenção do âmbito acadêmico, principalmente em relação à suas motivações, formas de evitamento e manejo clínico. Contudo, pouco é abordado ao longo da formação do psicólogo no Brasil, o que justifica este estudo. Cada escola da psicologia entende o homem a partir de um prisma específico. A psicanálise o compreende como um sujeito dotado de desejo, singularidade, cujos comportamentos são influenciados por conteúdos inconscientes. Em relação ao sujeito que planeja tirar a própria vida, a psicanálise entende que na verdade, o desejo é cessar uma dor insuportável para a qual não identifica perspectiva de melhora. Em função disso, esta pesquisa buscou compreender como se dá o processo psicoterápico do sujeito que recorre à terapia psicanalítica em decorrência da ideação suicida. Para tanto, foram entrevistados quatro psicólogos com formação em Psicanálise e experiência sólida com esta demanda. Os resultados apontam para visões heterogêneas acerca do manejo adequado para estes pacientes, a importância da subjetividade do sujeito na construção da ideação suicida e a ausência de técnicas padronizadas que abarquem a complexidade do sofrimento humano. Ficou evidente que a ideação suicida não é a causa do sofrimento psíquico, mas a consequência de uma dor intensa que requer acolhimento, empatia e sensibilidade tanto do psicólogo/psicanalista quanto dos demais profissionais que dispensam cuidados ao sujeito com ideação suicida.
Citas
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