Tia Júlia e o escrevinhador: rádio, oralidade e memória

Autores

  • Maria Inês Amarante PUC-SP

Resumo

Este ensaio propõe uma discussão sobre a memória, a cultura e a oralidade, presentes no rádio, através da obra de Vargas Llosa do mesmo título e a penetração do radioteatro na América Latina até os anos 1950. A imitação da realidade presente na composição dos dramas encontra eco na subjetividade dos ouvintes-receptores, cujo imaginário vivencia e recria as situações propostas a partir de seu cotidiano, num constante ressignificar que o rádio, enquanto mídia sonora e multiplicadora de cenários proporciona. Este modo de ver o receptor da mídia gerou estudos de recepção sob a ótica cultural que considera a importância de se ater às práticas cotidianas do público, verdadeiro mediador de significados no processo comunicativo, reconhecendo nele (o receptor) não mais um consumidor de supérfluos culturais padronizados, mas um produtor de novos sentidos. Conclui-se que as peças radiofônicas instigam a imaginação dos ouvintes e contribuem para vivificar a memória do rádio. Além de uma leitura analítica da obra citada, o trabalho se sustenta em pesquisas bibliográficas e documentais. Palavras-chave: Vargas Llosa; radioteatro; cultura; memória; recepção

Biografia do Autor

Maria Inês Amarante, PUC-SP

Doutoranda do Programa de Comunicação e Semiotica (COS) da PUC-SP; Pesquisadora do CEO - Centro de Estudos da Oralidade; Mestre e Especialista em Comunicação Social pela UMESP.

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Publicado

2012-09-05

Edição

Seção

Artigos