CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS NA COBERTURA JORNALÍSTICA
RELATOS DE RESISTÊNCIA E INFLUÊNCIAS DECOLONIAIS
DOI:
https://doi.org/10.23925/2318-5023.2022.n6.e60818Palavras-chave:
Direitos Humanos, Cidadania, Decolonialidade, Jornalismo, ResistênciaResumo
A prática jornalística profissional é permeada de desafios, especialmente a cobertura de cidadania e direitos humanos no Brasil no atual cenário de esfacelamento democrático. A partir dos resultados da pesquisa de tese Sentidos de cidadania e direitos humanos na práxis de repórteres (MONTIPÓ, 2020), este trabalho busca apresentar relatos de repórteres sobre a cobertura de temas relacionados aos direitos humanos, cidadania e democracia tendo como base o arcabouço da epistemologia decolonial. Apesar do esmorecimento da prática jornalística em diversos aspectos na contemporaneidade e da própria racionalidade jornalística ser construída a partir de um sistema-mundo capitalista, masculinista, racista, heterossexista e ocidentalista (VEIGA DA SILVA, 2019) há fortes manifestações de resistência de repórteres para a cobertura sobre cidadania e direitos humanos no Brasil. Os exemplos citados a partir dos relatos de profissionais entrevistados evidenciam decolonialidade de saber, de ser, de poder, de gênero e da própria vida ou natureza. O trabalho desses profissionais cria fissuras em densas estruturas, como o coronelismo, o patriarcado, o capitalismo neoliberal e a colonialidade.
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