“Na desordem do armário embutido”: a afirmação da identidade como um sacramento

Autores

  • Ana Ester Pádua Freire Doutoranda em Ciências da Religião, pela PUC Minas. Jornalista, teóloga e mestra em Ciências da Religião. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (Capes) – Código de Financiamento 001

Palavras-chave:

Teologia queer, Identidade LGBT

Resumo

“Sair do armário” é um termo metaforicamente usado para relatar quando uma pessoa LGBT decide assumir socialmente sua orientação sexual ou identidade de gênero diversa da norma cis-heterossexual. O armário diz respeito à intimidade, por isso faz menção a uma socialização da intimidade, quando o privado torna-se público. A afirmação da identidade sexo-divergente esbarra na luta por reconhecimento e respeito aos homossexuais, que no Brasil teve seu início na década de 1970. As influências dos movimentos sociais da época foram eficazes para impulsionar a transformação das relações sociais de gênero e poder, também, no interior das práticas religiosas. Nesse contexto, o presente artigo pretende relacionar a afirmação da identidade com os dispositivos de controle usados pela religião para regulação dos corpos. Afinal, o ministério da mediação entre o profano e o sagrado ainda é prerrogativa majoritária dos homens. Essa dominação masculina, patriarcal e androcêntrica causa, principalmente na produção e controle do conhecimento, relações de poder social e sexualmente hierarquizadas.

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Publicado

2019-05-17